segunda-feira, 13 de junho de 2011

Plano Paracatu 2030, e agora???


No dia 09 de junho, quinta-feira, aconteceu na Câmara Municipal de Paracatu-MG, o lançamento do Plano Paracatu 2030 - “Plano de desenvolvimento sustentável de Paracatu”. Este trabalho que indica; a partir de consultas públicas, assembléias e pesquisas junto à população; como deverá ser a Paracatu que queremos para daqui a 20 anos, é uma louvável iniciativa encabeçada pela ADESP (Agência de Desenvolvimento Sustentável de Paracatu), com a participação de vários parceiros.


O evento contou com a participação do executivo e do legislativo municipal, além de lideranças políticas, empresarias e comunitárias, que ali estiveram para conhecer um pouco do que se extraiu de todo este trabalho, apresentado ao final pela representante da Fundação João Pinheiro.

Agora com a palavra o senhor Prefeito Municipal, Vasco Praça Filho, pois sendo o primeiro administrador público a receber o documento, tem a responsabilidade de ser fiel a algo que ele próprio endossou. E finalmente dar o pontapé para executar o que ali foi proposto, do contrário todo este trabalho terá sido em vão.

Desconfio que, para isso, nosso Prefeito tenha de se reciclar. Foi eleito de maneira “festejada” no primeiro mandato, através de uma frente ampla de partidos políticos, que de maneira nobre, o buscaram para fazê-lo Prefeito. Certamente, de outra forma não chegaria aonde chegou. Agora, terá de demonstrar que aprendeu a conviver com o contraditório, pois neste período que tem estado à frente do poder municipal, seu estilo de governar revelou-se nada democrático, pois conseguiu afastar a principal força política que o elegeu por não querer ouvir opiniões contrárias ao que pensa.

Assim, num momento ímpar por que passa nosso país, com fortes investimentos públicos, Paracatu, uma cidade com um perfil econômico invejável a todas as outras cidades do noroeste de Minas, com presença na exploração mineral, comércio forte, agropecuária de ponta, potencial turístico ainda por explorar, cultura à flor da pele dos cidadãos, faculdades tanto particulares como públicas de qualidade, tem todos os componentes para transformar a cidade num Eldorado, não somente no lugar de se ganhar dinheiro, mas principalmente na cidade da “QUALIDADE DE VIDA”.

Porém o fator “mineração”, para nós tem se tornado muito mais em “dor de cabeça”, do que mesmo em retorno econômico para todos.

As migalhas que caem da mesa da Multinacional “Kinross”, não têm sido suficiente para amenizar os estragos que a mesma causa ao nosso ecossistema e à saúde do nosso povo.

São as “externalidades negativas” que desde o momento da sua instalação na cidade tem se reveladas funestas para a presente e para as futuras gerações.

Dois aspectos jurídicos são buscados pelas empresas estrangeiras ao investirem em um país, o respeito ao direito de propriedade e o respeito aos contratos.

O Brasil sob á égide de dois governos de esquerda, tem demonstrado não apenas respeitar estes valores, insculpidos em nossa Carta Magna, como também incentiva a entrada de capital estrangeiro no país.

Porém, nossa comunidade em contrapartida deseja que aqueles que exploram nossas riquezas naturais, deixem aqui não “migalhas”, e nem muito menos o que está previsto na legislação, mas sim o que nos seja de direito por Justiça.

Assim, volto novamente as nossas autoridades locais, para reforçar que cabe a elas fazer valer o que se extraiu do plano Paracatu 2030, chamando a responsabilidade principalmente as duas grandes mineradoras presente no município VOTORANTIM E KINROSS não apenas no discurso e no marketing, mas no mundo real, para que esta “criança” chamada Plano Paracatu 2030, não morra no berçário.

Um abraço a todos!

Udelton da Paixão

2 comentários:

  1. Muito bem! É verdade!!! Que as forças políticas de Paracatu se unam para que a criança cresça em estatura e graça diante de Deus.

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  2. Udelton e Zé Geraldo,
    Compartilho com a opinião de que o executivo municipal, com o prefeito à frente, é que tem as condições e as ferramentas para implementar o Plano Paracatu 2030 como seria o nosso sonho. Conseguimos introduzir e partilhar das discussões de temas avançados no plano, sendo a principal delas a criação da Agenda 21 municipal como forma de mobilização constante para atingirmos a participação popular e a o desenvolvimento com foco socioambiental, visando é claro criar os conceitos e práticas centradas na sustentabilidade.
    Porém, já sabemos de antemão que somente um governo que dê absoluta centralidade e abertura para esta participação poderá implementá-lo. Senão será quase letra morta. A ADESP e o conselho do plano, com alguma representação social farão algumas ações previstas, mas aquela dinâmica educativa de todos participando na criação e execução do novo não será enfatizada.
    o governo Vasquinho não tem nenhuma possibilidade de planejamento. A prática que ganhou a hegemonia dentro do governo, ao mesmo tempo que nos empurrou para fora, é a prática da velha política: "o dando que se recebe", o apadrinhamento, o compadrio, o nepotismo e ainda a criação de verdadeiros feudos nas secretarias sobre o comando de vereadores. Não existe interação nem mesmo entre as secretarias.
    Vamos ver se conseguimos fazer uma frente para inaugurar com novos paradígmas em 2013.
    Abraços,
    Jueli

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