segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O câncer do ódio e o tratamento do SUS

Renato Rovai
Editor da revista Fórum


Já li alguns bons artigos acerca da babaquice desse grupo de urubus e desclassificados que estão infestando a rede com pregações de ódio e desejos de morte à Lula. Entre os argumentos estapafúrdios, um desponta como principal, o de que Lula deveria se tratar num hospital do SUS, onde certamente m0rreria nas filas. Evidente que esse tipo de argumentação tem classe social. É de gente que não quer pagar um centavo de imposto para que o Sistema Único de Saúde melhore e que se indigna contra o “absurrrrrdo do Bolsa Família”.

Essa gente estúpida veio ao borbotões a este blogue neste últimos dias postar frases nojentas contra Lula. Enviei sem dó esses comentários para a lixeira. E faria o mesmo se o alvo fosse FHC ou José Serra. Em outros blogues tão nojentos quanto esse povo, esse argumentos pululam.


Selvageria contra Lula foi "ensinada" pela imprensa



Comentario de um leitor do seu blog
Não há porque o jornalista Gilberto Dimenstein se espantar com a falta de educação de leitores da Folha em relação à doença de Lula. Nem pode se supreender quando olhar as caixas de comentários dos portais do Estadão, do Globo e da Veja, por exemplo.

A selvageria, que se esconde muitas vezes sob o manto do anonimato, nada mais é do que a continuidade do primitivismo jornalístico praticado por muitos dos seus próprios colegas de trabalho, seja na Folha, seja nos outros veículos acima citados.

O modo como os blogueiros selvagens da Veja - com especial atenção aos dois leões de chácara  Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes - se referem ao ex-presidente, e o ódio que eles encarnam, não é muito diferente do modo como alguns representantes de uma classe média deseducada - felizmente, minoritária - se refere àquele que saiu do poder com 80% de aprovação.

Exercícios de falta de educação e decoro jornalístico podem ser encontrados em editoriais - um espaço que, por definição, deveria representar a voz respeitosa dos veículos - do Globo, da Folha e do Estadão, com xingamentos e referências sem escrúpulos a Luis Ignácio da Silva.

Assim como a repulsa mostrada por comentaristas e parajornalistas contra os eleitores de Lula resultou num clima de xenofobia e preconceito jamais observado publicamente neste país, a voz carregada de nojo e ódio de uma Lucia Hipólito - que  não conseguiu esconder o júbilo pela doença de Lula - ou de um Arnaldo Jabor, ou ainda de um Merval Pereira, produzem seus ecos no comportamento de leitores que não conheceram a civilidade e as regras de comportamento do espaço público.

Autores desqualificados produzem ou pelo menos atraem leitores desqualificados. Antes de se envergonhar dos leitores, Gilberto Dimenstein deveria se envergonhar de alguns nomes que compartilham com ele o mesmo ambiente midiático.

A voz do Brasil que nunca teve voz


Saul Leblon, Carta Maior

Lula completou 66 anos esta semana: a metade deles emprestando a voz rouca e grave à defesa da democracia e da justiça social no seu país e no mundo. Avant la lettre, ele deu voz à ‘primavera árabe’ brasileira. Mesmo quando lhe faltaram microfones, nas assembléias históricas da Vila Euclides, no ciclo das grandes greves do ABC paulista, nos anos 80, a voz rouca e grave se propagou através de outras vozes para se fazer ouvir em todos os cantos e lares mais humildes do vasto território nacional.

A economia e a sociedade que essa voz ajudou a construir hoje falam por ele. E torcem por ele, na certeza de que ele ainda falará por ela durante muito tempo, como líder político incontestável da grande frente progressista que deu voz a um Brasil que nunca antes teve voz nem vez na política e no poder.
Na campanha de 2002, num discurso emocionado, quando a vitória ainda era incerta, Lula disse que se considerava uma obra coletiva do povo brasileiro. E que assim persistiria , fosse qual fosse o resultado da disputa. De fato. Lula se transformou no intérprete mais fiel das lutas e sonhos da gente brasileira, a ponto de o seu nome ter se incorporado ao vocabulário nacional (‘agora é Lula!’) como uma espécie de sinônimo do orgulho, da resistência e do discernimento de uma população que, ao seu modo, nele se enxergou como fonte de poder e de direitos .

Essa força tamanha não vai silenciar. Não apenas porque Lula em breve voltará a expressá-la, mas porque em qualquer tempo, e em qualquer lugar , sempre que interesses de uma elite anti-social e demofóbica ameaçarem as conquistas e anseios dessa gente, haverá quem cante, assovie, murmure ou mencione o refrão que enfeixa um punhado de significados e entendimentos, todos eles porém imiscíveis com a prepotência e a humilhação que encontrou nesta voz um contraponto de alteridade e hegemonia que as ruas dificilmente esquecerão: ‘olê, olê, olê, olá, Lula, Lula…’

sábado, 29 de outubro de 2011

G1 afirma que Folha ocultou por 16 meses flagrante da corrupção tucana de R$ 327 milhões


http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/10/mp-quer-afastar-presidente-do-metro-de-sp-apos-irregularidade-em-licitacao.html

O Ministério Público de São Paulo pedirá à justiça o afastamento do presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda, por superfaturamento de R$ 327 milhões em uma licitação de um lote de obras.

O metrô de São Paulo é uma estatal do governo paulista, há anos sob governos tucanos, atualmente nas mãos de Geraldo Alckmin (PSDB/SP).

O fator Lula

Eduardo Guimarães
Blog da Cidadania




Têm sido dias de uma difícil reflexão sobre como o Brasil ainda é um país em estágio civilizatório elementar, um país no qual grupos de interesse ainda logram impor sobre as instituições da República até os próprios caprichos. Eis, aí, o sistema brasileiro de organização do Estado e das instituições. Estamos vendo como o Estado brasileiro foi montado, isto é, de forma a que pudesse ser pressionado por grupos.  Essa, aliás, é a história da República.

O Brasil é um país em que entre todos os governos que teve desde a aurora do período republicano, a maioria deles não conseguiu completar o mandato popular que recebeu, tendo sido violados, esses mandatos, pelos desejos e idiossincrasias de setores abastados e “influentes” da sociedade, com destaque para a imprensa, a eterna e suprema eleitora e derrubadora de governos desde sempre, por aqui, e representante dos grandes interesses políticos e econômicos.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Queda do ministro serve de alerta

Por Altamiro Borges

O lamentável episódio da queda do ministro Orlando Silva deveria servir de alerta às forças democráticas da sociedade brasileira – que lutaram contra as torturas e assassinatos na ditadura militar e que, hoje, precisam encarar como estratégica a luta contra a ditadura midiática, em defesa da verdadeira liberdade de expressão e da efetiva ampliação da democracia no Brasil.

A mídia hegemônica hoje tem um poder tão descomunal que ela “investiga”, sempre de forma seletiva (blindando seus capachos); tortura (seviciando, inclusive, as famílias das vítimas); usa testemunhas “bandidas” (como um policial preso por corrupção, enriquecimento ilícito e suspeito de assassinato); julga (sem dar espaço aos “acusados”); condena (como nos tribunais nazistas); e fuzila!

Trailer oficial do filme O Palhaço

Internautas criticam governo por “covardia” diante da mídia



Eduardo Guimarães
Blog da Cidadania



Desde a noite de terça-feira, blogs e redes sociais começaram a ser invadidos por onda de revolta contra desfecho da novela Orlando Silva que já se fazia previsível. Todavia, após sucessivas garantias da presidente Dilma, do PC do B e do próprio ministro de que a “presunção de inocência” deste prevaleceria sobre o bombardeio de acusações da  mídia, ontem a demissão se concretizou.

Foi a primeira vez, neste ano, que a militância governista na internet não se dividiu como ocorrera em demissões anteriores de ministros, com destaque para a primeira da série de demissões que ocorreria após a queda do ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, quando a aquela militância rachou praticamente ao meio sobre a permanência dele no cargo.

O apoio a Orlando Silva foi esmagadoramente majoritário entre a militância governista na internet. Há poucos dias, milhares de tuiteiros já haviam levado esse apoio aos Trending Topics do Twitter. Na terça-feira, repúdio a declaração do deputado ACM Neto de que o ministro do Esporte afrontava o país por ter ido a audiência na Câmara ficou entre os cinco temas mais comentados naquela rede social.

Ao ir se materializando a rendição do ministro, do PC do B e do governo à mídia, uma onda de revolta de militantes governistas tomou as caixas de comentários dos grandes portais e blogs corporativos e as dos blogs e sites independentes, além dos comentários no Twitter e no Facebook. O alvo principal do mau-humor digital foi a presidente Dilma, em quem muitos prometeram “nunca mais votar”.
Além do prejuízo político previsível entre a sociedade que a rendição do governo pode gerar, o prolongamento da agonia do agora ex-ministro do Esporte soma-se à patética encenação de autoridade e de independência de um governo que, aos dez meses, parece cansado e sem autoridade, dependurado em bons resultados na economia que, em um momento de crise internacional, podem sumir rapidamente.

Para completar, internautas comentavam às dezenas, ontem, que a nova investida da mídia sobre o Enem sugere que o ministro da Educação, Fernando Hadadad, pré-candidato a prefeito de São Paulo deve ser o próximo alvo da caça midiática a ministros do governo Dilma.  O fator eleitoral confere verossimilhança à teoria. Um escândalo nesse ministério enterraria de vez a candidatura de Haddad. A conferir.

Wikileaks aponta Wiliam Waack como informante do governo dos EUA


O repórter William Waack, da Rede Globo de Televisão, foi apontado como informante do governo norte-americano, segundo post do blog Brasil que Vai – que citou documentos sigilosos trazidos a público pelo site Wikileaks há pouco menos de dois meses. De acordo com o texto, Waack foi indicado por membros do governo dos EUA para “sustentar posições na mídia brasileira afinadas com as grandes linhas da política externa americana”.


Por essa razão, ainda segundo o texto, é que se sentiu à vontade para protagonizar insólitos episódios na programação que conduz, nos quais não faltaram sequer palavrões dirigidos a autoridades do governo brasileiro.


O post informa ainda que a política externa brasileira tem “novas orientações” que “não mais se coadunam nem com os interesses americanos, que se preocupam com o cosmopolitismo nacional, nem com os do Estado de Israel, influente no ‘stablishment’ norte- americano”. Por isso, o Departamento de Estado dos EUA “buscou fincar estacas nos meios de comunicação especializados em política internacional do Brasil” - no que seria um caso de “infiltração da CIA [a agência norte-americana de inteligência] nas instituições do país”.


O post do blog afirma ainda que os documentos divulgados pelo Wikileaks de encontros regulares de Waack com o embaixador do EUA no Brasil e com autoridades do Departamento de Estado e da Embaixada de Israel “mostram que sua atuação atende a outro comando que não aquele instalado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro”.

Fonte: R7

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Brasil transforma os mais pobres em novos consumidores


BRASÍLIA, 24 Out 2011 (AFP) -Por muito tempo, os brasileiros mais pobres foram os mais afetados durante as crises econômicas. Hoje, com a renda que recebem do Estado, milhões de brasileiros que viviam na extrema pobreza, transformaram-se em novos consumidores.

Atualmente 13 milhões de famílias, que vivem na pobreza ou extrema pobreza, recebem ajuda estatal de um plano de assistência. Este foi o sustento da esquerda a frente do país mais extenso da América do Sul e um dos mais vitoriosos na luta contra a miséria, segundo estudos.

"Com este dinheiro compro coisas, roupas, calçados, pago serviços, e o melhor: consegui comprar as telhas para colocar minha casa", disse à AFP Maria Alves, de 45 anos, analfabeta e mãe de seis filhos.

As famílias selecionadas para o programa Bolsa Família, com rendimentos entre 39 e 78 dólares por pessoa, recebem do Estado em média 75 dólares mensais, mas a soma pode chegar a 135 dólares de acordo com o número de filhos, segundo números oficiais.

O Brasil, com mais de 190 milhões de habitantes, afirma ter tirado da pobreza mais de 30 milhões de pessoas durante os oito anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

I feel good, ou “A mi, me gusta Cristina”

Do blog Tijolaço

O Globo chiou contra Dilma e Cristina Kirchner, dizendo que ambas eram beneficiárias de um tal “feel good factor”, ou a sensação de bem estar, como se fosse um crime abjeto um governante propiciar uma sensação de bem-estar e proteção a seu povo.

Hoje, reeleita Cristina Kirchner, a BBC publica uma matéria que lhes faria sentir, se tivessem coração,  uma dor profunda por tanta crueldade, por tanta indiferença por uma gente que quer pouco, tão pouco, para ser feliz. E que, ao contrário deles, que usam os governantes como produtos descartáveis – já santificaram Sarney, Collor e FHC, e só não o jogaram de todo fora porque ainda lhes serve como pavão -,  pessoas simples que amam aqueles que, finalmente, depois de décadas e séculos de exclusão, passaram a colocar o povão como  cidadão e a lhe dar, pelo menos, o direito de trabalhar e se sustentar honestamente.

Leiam que maravilha a história de D. Silvia Sosa, que nunca vai ser personagem do Clarín, a Globo de lá, mas é capaz de dizer muita coisa sobre economia aos estúpidos.

O voto de D. Silvia

A argentina Silvia Susana Sosa, de 50 anos, mãe de quatro filhos, disse que votou na presidente Cristina Kirchner porque quer a “continuidade” da gestão que começou em 2003 quando o ex-presidente Nestor Kirchner assumiu a Presidência.
Cristina foi reeleita na Argentina no domingo para mais um mandato de quatro anos.
“Com eles (os Kirchner) eu pude comprar um terreno para construir, pela primeira vez, uma casa para mim e para meus filhos. Eu tenho dois empregos. Trabalho numa casa de família e faço limpeza no hospital Rivadavia, aqui da capital”, disse Silvia.
Os filhos mais velhos, gêmeos de 23 anos, também votaram pela reeleição da presidente.
“Os dois também estão trabalhando e é por isso que votaram nela”, disse.
Ela afirmou que ficou desempregada na histórica crise de 2001 e 2002, pouco antes da posse de Kirchner.

“Na crise, meus patrões ficaram com o dinheiro preso no banco (numa espécie de congelamento dos depósitos) e não tinham como me pagar. Fiquei sem trabalho naquela época. Agora não”, disse.
Ela afirmou lamentar que a mãe, de 78 anos, tenha morrido antes da medida lançada pelo atual governo que incluiu na cobertura da previdência estatal aquelas pessoas que não trabalharam com carteira assinada.

“Já pensou, ela estaria muito feliz com esta medida social do governo”, diz.
Segundo Silvia, que é da província de Santiago del Estero, mas atualmente mora em Buenos Aires, ela, a mãe e os filhos quase passaram fome na crise de 2001.
“Ninguém queria assumir a Presidência porque o país estava quebrado. Mas veio o Kirchner, as coisas melhoraram e agora surgiram vários candidatos da oposição. Estava claro que iam perder”, disse.
Ela afirmou ainda que graças ao acesso ao crédito já comprou eletrodomésticos para a casa que está construindo.
E a inflação?

“Existe inflação sim. Mas ela é culpa dos empresários que aumentam os preços porque querem prejudicar o governo”, respondeu.

Enem passa de ano e pode enterrar de vez vestibular

Enem passa de ano e pode enterrar de vez vestibular 


Sucesso da edição 2011 soma pontos à prova nacional como sucessora do vestibular. 

Diego Iraheta

A organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sem incidentes significativos aprova a meta do ministro da Educação de substituir em breve o vestibular pelo Enem. Desde 2009, Fernando Haddad defende que a prova nacional é o modelo mais acertado de seleção das universidades federais. Conectado ao dia a dia dos jovens, a edição deste ano agradou à boa parte das quatro milhões de pessoas que fizeram as provas. A redação abordou as redes sociais e a elasticidade do conceito de privacidade em tempos de internet.

Dilma e Lula inauguram maior ponte estaiada fluvial do Brasil

“Acompanhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta segunda-feira a ponte Rio Negro, uma imponente construção de 3.595 metros que será aberta ao tráfego de veículos a partir das 21h (horário de Brasília).
Construída na confluência dos rios Negro e Amazonas, com custo aproximado de R$ 1,099 bilhão, a ponte ligará Manaus ao município de Iranduba (AM). Segundo o governo, ela é também a segunda maior ponte estaiada do mundo em águas fluviais, atrás apenas da construída sobre o rio Orinoco, na Venezuela.
A obra, que durou três anos e dez meses para ficar pronta, gerou emprego para 3,4 mil trabalhadores e consumiu 20 mil toneladas de aço, 1,5 milhão de sacos de cimento, 47 mil metros cúbicos de areia, além de 72 mil toneladas de revestimento de betume.
Os principais beneficiados pela construção da ponte são os municípios de Iranduba - dedicado à produção de cerâmica - e Manacapuru, localizada a cerca de 80 quilômetros de Manaus.
No mesmo ato, Dilma assinou um decreto que estende as vantagens fiscais da zona franca de Manaus para todas as cidades de sua região metropolitana nos próximos 50 anos, o que representa um incentivo à instalação de indústrias fora da capital amazonense.
"Conseguimos preservar a floresta e criar oportunidades de trabalho para uma vida digna, conjugando crescimento e respeito ao meio ambiente", disse a presidente.”

domingo, 23 de outubro de 2011

O doce remédio das urnas

Daqui a pouco devem surgir os primeiros resultados das eleições argentinas, confirmando a esmagadora vitória de Cristina Kirchner.
O favoritismo da presidenta argentina, porém, não impediu que O Globo e o Estadão, hoje, publicassem artigos que não do sexismo mais torpe ao desprezo mais ignóbil pela vontade do povo argentino.
Neles, Cristina, eleita e provavelmente reeleita, é tratada como uma ditadora obscurantista. Em  O Globo, ao editorialista Luiz Paulo Horta, a chama de “caudilhesca” e vinda de “uma província obscura”. No Estadão, recorrem a um diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso, Sérgio Fausto, para chamarem-na de manipuladora e censora.
É, Cristina Kirchner vai eleger-se por aquilo que, outro dia, O Globo chamou  de  “feel good factor“, isto é, a sensação de bem-estar  dos argentinos com seu governo.
Mas, sejamos justos, o machismo é componente menor nesse ódio. O que não suportam mesmo é que um governante se apóie no povo, não na mídia, tanto que usam a Globo de lá, o Clarín,  como medida de democracia.
Daqui a pouco vão ter de engolir o melhor purgante da democracia: o voto.

Entenda como funciona a máfia midiática

Este programa foi exibido em 2009, pela TV Educativa do estado do Paraná, com a participação de Luiz Carlos Azenha e Leandro Forbes. O debate continua atual.



Caco Barcelos: "Interessante também que ninguém protesta contra os corruptores..."

Caco Barcelos ensina Eliane Cantanhede (aquela da massa cheirosa) o que é jornalismo

 


Caco Barcelos: "Interessante também que ninguém protesta contra os corruptores..."


 

Mensalão do Geraldo Alckmin ganha notinha no jornal Folha de São Paulo

Para se referir ao ministro dos esportes Orlando Silva, jornal Folha de São Paulo dessa manhã, publicou várias manchetes de capa, com fonte grande e em negrito.Mas, quando se trata de notícia sobre o PSDB, o leitor que tiver boa visão, e procurar muito bem, encontrará  em um cantinho da página do UoL, em letras miúdas  a pesquena manchete sobre o  "mensalão do Alckmin". Bem escondido, para não chamar atenção, como o meu querido leitor pode ler na foto.Mas, não se anuime para ler. A nota é apenas para quem assina o jormal


O governo de São Paulo liberou R$ 150 mil para a empresa de um assessor do secretário de Desenvolvimento Metropolitano do Estado, Edson Aparecido (PSDB).Aparecido é braço direito e um dos principais articuladores políticos do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Barracão em Lourdes (SP), fruto de repasse para empresa de um assessor do secretário Edson Aparecido


Luiz Antonio Pereira de Carvalho, também filiado ao PSDB, foi exonerado do cargo. A demissão foi publicada ontem no "Diário Oficial", um dia depois de a Folha pedir explicações à secretaria.

Ex-prefeito de Guzolândia (noroeste paulista), Carvalho foi nomeado para o gabinete de Aparecido em junho deste ano. O processo que levou à escolha de sua empresa, a Solução Construções e Pavimentação, ocorreu no período em que ocupava o cargo.

A construtora foi contratada para erguer um barracão multiuso no município de Lourdes, também no noroeste de São Paulo.A Folha mostrou que os envolvidos na obra não sabem que utilidade ela terá.
A obra é resultado de uma emenda do deputado estadual Dilmo dos Santos (PV). Dilmo destinou recursos para Lourdes mesmo não tendo atuação política na cidade, onde não recebeu votos.A prática foi apontada pelo deputado Roque Barbiere (PTB) como indício da venda de emendas parlamentares.

Formalmente, Carvalho transferiu em 2009 a empresa para os nomes de sua mãe e sua mulher. Mas a mãe confirmou à Folha que o ex-prefeito é o "dono da empresa".Na secretaria, uma funcionária disse que o assessor não ficava "direto" ali, permanecendo "às vezes em São Paulo e às vezes na cidade dele [Guzolândia]".

A secretaria foi criada para desenvolver as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Santos, distantes do noroeste paulista.Pré-candidato a prefeito, ele integra a Assembleia de Deus, a mesma igreja do deputado Dilmo dos Santos.

Revista Época desmente a revista Veja

Duelo de porcões do PIG: na revista Época, João Dias demente a estória publicada na Veja, de que seu faz-tudo Célio Soares Pereira teria entregue dinheiro na garagem do ministério. Ele diz que "ouviu falar" de outra pessoa, que nega:
Apesar das ameaças, no depoimento que prestou à Polícia Federal, João Dias disse desconhecer o envolvimento de Agnelo com os problemas no Ministério do Esporte. Ele confirmou as denúncias contra Orlando Silva, mas disse a ÉPOCA não ter participado de entrega de dinheiro ao ministro. “Não entreguei e não vi. Quem me disse que por várias vezes entregou dinheiro para o ministro, inclusive na garagem do ministério, foi o Fredo (Ebling, dirigente nacional do PCdoB). O Fredo vivia lá em casa, deitava no sofá e falava do esquema de arrecadação do PCdoB no ministério”, diz Dias. A ameaça de denunciar Fredo como responsável pela arrecadação de dinheiro do PCdoB, em Brasília, foi a principal arma de João Dias para tentar engavetar os relatórios de fiscalização do Ministério do Esporte contra suas ONGs. “Contesto todas as acusações. Só estive uma vez na casa de João Dias, em 2006, para deixar material de campanha, pois nós dois éramos candidatos”, diz Fredo Ebling. “Nunca falei sobre arrecadação com ele e, depois da campanha, não estive mais com ele.”
Cadê o Célio Soares Pereira? Será o Célio do panetone do Arruda?
 
A revista Veja (e toda a imprensa) desapareceu com o faz-tudo Célio Soares Pereira. Nosso blog tem informações de que ele pode ser um ex-funcionário nomeado no governo de José Roberto Arruda, e exonerado após o mensalão do DEM. Confira aqui.

A urgência da democratização da mídia

http://mediatizados.blogia.com 
Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

Nos meses transcorridos desde as acusações a Palocci até esta ofensiva contra Orlando Silva ficou clara a força da velha mídia para pautar a política nacional. A agenda política ficou periodizada pelos ministros que eram a bola da vez das acusações, numa sequência prolongada de “escândalos, que deu a impressão que essa era a cara mais marcante do governo.

A política econômica e sua articulação com as políticas sociais – o tema mais importante do governo, porque isso vai definir a capacidade do Brasil para resistir às consequências da crise no centro do capitalismo – não conseguiu o espaço essencial que deveria ter na agenda nacional. Ficou na sombra da pauta de denúncias produzida pela velha mídia.

Última chance do governo Dilma



Por Eduardo Guimarães
Blog da Cidadania


Não foi por falta de aviso que o governo Dilma Rousseff mergulhou na crise política em que se encontra, com a inédita perda de cinco ministros em menos de um ano. Este blog, assim como o ex-presidente Lula, previram, já no início de 2011, que a demissão do ex-ministro Antonio Palocci por pressão da mídia e de setores do PT faria com que milhões de brasileiros que apoiavam o governo anterior deixassem de apoiar a este.

A diferença de apoio popular do governo anterior para o atual, segundo revelam as pesquisas, mostra que parte dos setores da sociedade dispostos a sustentar este governo contra o partidarismo político da mídia – assim como sustentaram o governo anterior –, pulou fora.  Apesar de este governo ainda ter bom nível de apoio, esse nível é pelo menos 1/3 menor do que o do governo Lula, o que significa dezenas de milhões de brasileiros.

Não é difícil entender a razão. Se você tem um crítico feroz e as acusações que ele lhe faz o obrigam a tomar medidas que ele prega que tome e que confirmam que suas escolhas foram erradas, você admite a própria incompetência. Daí que grande parte da sociedade deixou de apoiar este governo enquanto afirma que o governo anterior era melhor.

A Veja e como são feitas as salsichas

Por Gustavo Alves, em seu blog:

Não pude escrever mais esta semana, pois ela já começou atropelada pelas manchetes da Veja contra o ministro Orlando e também pelas ameaças veladas de mais uma peça de jogo sujo no Rio Grande do Sul.


As "denúncias" da Veja, como se viu foram baseadas única e exclusivamente no depoimento de quem já estava sendo acionado pelo Ministério para devolver recursos públicos. Quem teve tempo de se atentar, pode constatar que o patrimônio deste soldado da PM ou é incompatível (mansão, carros importados, etc.) ou a Polícia candanga paga um dos maiores salários do planeta.

Não precisa ser muito arguto para ligar: policial investigado-recursos gastos sem comprovação-ação judicial do governo-reação através de denúncias contra o partido do ministro.

Sou do PCdoB há muitos anos. E acho que todas as denúncias devem ser investigadas, independente da posição política ou social de quem é apontado como autor de irregularidades. Mas acho que o linchamento midiático serve a tudo, menos esclarecer a verdade.

Há quase vinte anos, um outro linchamento ceifou uma parte da vida política do ex-deputado Ibsen Pinheiro, que na época era presidente da Câmara. Um suposto depósito de um milhão de dólares, lhe custou o cargo e uma pecha de corrupto que durou muitos anos.

Só anos mais tarde, o ex-repórter da Veja confirmou que na verdade o depósito era de mil dólares e apesar de ter alertado seu editor antes da matéria ser publicada, a revista manteve a informação errada, para garantir o impacto da manchete.

Esta semana também, a deputada Manuela d'Ávila sofreu com um golpe baixo que se aproveitou de uma disputa numa prefeitura do interior para tentar arrastá-la para a crise.

Uma manobra tão baixa e amesquinhada, que até mesmo setores que discordam das posições políticas dela frontalmente perceberam a armação.

O linchamento midiático que Orlando vem sofrendo, somado à utilização de expedientes cada vez mais baixos para atingirem uma das maiores lideranças do Rio Grande do Sul, a deputada Manuela d'Ávila mostram que a afirmação de que a política é como a fabricação de salsichas, também serve para alguns veículos como a revista Veja; "se você souber como são feitas, você nunca mais as prova".

sábado, 22 de outubro de 2011

Nassif e o linchamento midiático

Por Luis Nassif, em seu blog:

Virou uma loucura sem tamanho. Fui correndo ler a matéria, julgando que teriam identificado convênios entre o Ministério dos Esportes e a mulher do Ministro. Mas era pagamento de serviços prestados no âmbito do Ministério da Justiça.

Ora, a ONG de Mônica Serra é financiada por investimentos culturais da Sabesp, com Serra ainda governador, a de dona Ruth com transferências de governo - desde os tempos de FHC presidente e ainda hoje.

Nessas catarses e linchamentos, vale tudo. Jogam acusação do Ministro ter embolsado dinheiro. Não se comprova. Ainda jogam da compra da casa "negócio da China". Matéria furada. Aí identificam um contrato com o Ministério da Justiça. É uma acusação atrás da outra sem a menor preocupação. Qualquer informação sobre a vida do Ministro é escandalizada. Atribuem declarações a Dilma, que são mantidas mesmo depois de desmentidos formais da parte dela.

São tempos tenebrosos, esses que atravessamos, em que se suspenderam todos os filtros que separam o jornalismo da difamação pura e simples.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Paracatuense participará da 4a. Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional


Cerca de 2 mil convidados participam do evento. Todos os estados estarão representados, respeitando a diversidade e a pluralidade do país. Dois terços da delegação, formada pela sociedade civil, terá entre seus integrantes representantes indígenas, quilombolas, população negra, povos de terreiro, além de outros povos e comunidades tradicionais.

A 4ª Conferência Nacional será a primeira da presidenta da República Dilma Rousseff no campo da segurança alimentar e nutricional. Além da presidenta, o evento terá presença de governadores, ministros de Estado, parlamentares e observadores. Também será prestigiada por convidados nacionais e internacionais. Trata-se de um evento de inegável importância na agenda nacional, com visibilidade política e repercussão nos meios de comunicação.

A 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, cujo lema é “Alimentação Adequada e Saudável: direito de todos”, será o momento do grande pacto pela soberania e segurança alimentar e pela promoção do direito humano à alimentação adequada no Brasil.

O paracatuense Joaquim Carlos representará a sociedade civil do noroeste de Minas Gerais.

domingo, 16 de outubro de 2011

Ministro do Esporte responde à revista Veja com a Polícia Federal

Por Zé Augusto

No momento em que o mensalão do Alckmin (a venda de emendas na Assembléia Legislativa de São Paulo) exige uma faxina na corrupção paulista, em vez dele chamar a Polícia para apurar, quem veio em socorro do governador tucano foi a Revista Veja (PIG/SP) para abafar, com uma cortina de fumaça para desviar a atenção.

E o ministro Orlando Silva (PCdoB/SP) fez aquilo que o governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) se recusa a fazer: chamou a Polícia Federal para colocar tudo em pratos limpos.

A revista arranjou uma daquelas denúncias fracas, porque se baseia apenas em supostas testemunhas, pouco confiáveis, sem documentos, sem gravação, sem que os acusadores tenham denunciado à Polícia Federal ou ao Ministério Público, e com relatos que soam inverossímeis (por exemplo: ninguém faria negociatas em estacionamento oficial de ministério).

Detalhe: essa mesma suposta testemunha já foi usada por esta mesma imprensa durante as eleições de 2010, para fazer acusações contra o candidato do PT Agnelo Queiroz (eleito governador do DF) que não se comprovaram. O objetivo era derrotar Agnelo, para o governo do Distrito Federal cair nas mãos da adversária: a esposa de Joaquim Roriz (é esse o conceito de "combate à corrupção" que a imprensa demo-tucana quer para o Brasil: entregar a chave do cofre de Brasília para Joaquim Roriz).

Para cada denúncia da revista Veja que se confirma, há dezenas que o tempo se encarrega de provar que são falsas. São apenas usadas para exploração política e depois as testemunhas negam tudo na justiça, mas a revista não publica a negação.

O ex-presidiário Rubnei Quícoli foi um típico caso de denúncia com base apenas em testemunho. Disse uma coisa para a imprensa, e depois se retratou nos tribunais, para não ser preso de novo, por calúnia.

Quem não se lembra do ex-presidiário Rubnei Quícoli, apresentado como impoluto empresário paladino do combate à corrupção? Retratou-se ao PT nas barras dos tribunais. Deveria servir de exemplo do que NÃO se deve fazer em jornalismo. Mas quem disse que a revista quer fazer jornalismo?

As fontes de Veja

Por Vladimir Kotler

PF investiga suborno de testemunha de acusação, do mesmo esquema que acusa Orlando Silva.

Jaqueline Roriz, Weslian e Joaquim Roriz. Campanha acusada de tentar subornar falsa testemunha por R$ 200 mil

Para se ver o quanto a Revista Veja está se fiando em fontes corruptas e barra pesada, daquelas que não dá para confiar denúncias apenas na lábia, é bom relembrar esse episódio de 2010:

O ex-policial João Dias Ferreira e o contador Miguel Santos Souza foram presos em abril de 2010 pela Polícia Civil do Distrito Federal, por causa de um esquema para fraudar convênios junto ao Ministério do Esporte.

Hoje, João Dias Ferreira faz denúncias contra o ministro dos esportes, Orlando Silva, na revista Veja, na lábia, sem apresentar provas.

Em 2010, o contador Miguel Santos Souza recebeu oferta de R$ 200 mil do advogado Clauber Madureira Guedes da Silva, para fazer uma denúncia falsa dizendo que teria visto Agnelo Queiroz (PT/DF) manuseando dinheiro (coisa muito semelhante à denúncia que apareceu na revista Veja, agora contra Orlando Silva).

Era campanha eleitoral e disputavam o governo do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e Weslian Roriz (PSC), mulher de Joaquim Roriz (ele estava impedido de se candidatar pela Justiça Eleitoral, devido à ficha suja).

No dia 15 de setembro de 2010, o contador Miguel prestou depoimento aos policiais civis e entregou uma gravação com 34 minutos de conversa com o advogado Clauber.

Eis alguns trechos transcritos da gravação:

Denunciado pela PGR, Marconi Perillo apoia a "marcha contra a corrupção"

Será que existe Caixa-2 de campanha financiando a "marcha contra a corrupção" ?

Em Goiânia, a marcha teve no comando o ex-deputado estadual Leandro Sena (PRTB/GO), atual Assessor Especial do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB/GO).

Assesor Especial do governador Marconi Perillo (PSDB), o ex-deputado Leandro Sena (PRTB) comanda a marcha em Goiânia com a máquina de sua ONG. A TV Globo de Goiânia o está entrevistando, mas não levou ao ar a entrevista, dando a entender que seria "apartidária".
Sena mobilizou a máquina de sua ONG +Ação, para colocar um caminhão de trio-elétrico na rua, e levar manifestantes, devidamente uniformizados e com cartazes e fazendo panfletagem.
Tudo exatamente como em uma campanha eleitoral. Agora o povo quer saber, com que dinheiro foi feito isso? Foi o governo tucano de Perillo quem repassou dinheiro público para a ONG pagar a conta?

Cadê a transparência pedida nos cartazes? Quem luta para acabar com voto secreto, não pode esconder o patrocinador secreto.

Vamos acabar com o voto secreto sim, mas de nada adianta se não acabar com os CORRUPTORES e CORRUPTOS secretos.

Será que já tem corrupção e caixa-2 até na marcha contra a corrupção?

E será que é só em Goiânia? A marcha de Brasília teve estrutura de grandes campanhas políticas profissionais para nenhum José Roberto Arruda, Joaquim Roriz, Paulo Octávio, Luiz Estevão botar defeito. Cadê a transparência? Quem está pagando ou fornecendo a infra-estrutura, com grandes trio-elétricos e farta distribuição de camisetas?

Além disso, o governador Marconi Perillo (PSDB), falar em ser "contra a corrupção" só pode ser piada (e de mau-gosto). Dono de extensa folha corrida de processos em curso, já tem contra si as seguintes denúncias do Procurador Geral da República:

- Formação de quadrilha
- Peculato
- Caixa Dois
- Uso da máquina pública
- Utilização de notas frias
- Laranjas para fraudar a eleição de 2006





Marconi Perillo e Marcos Valério


Globo e a ressaca dos derrotados

Por Gilson Caroni Filho, no sítio Carta Maior

Os brasileiros, que tiveram de passar 20 anos, lendo nas entrelinhas, especulando a partir de meias palavras ou interpretando – procurando interpretar – as rudes reações viscerais trazidas ao público por aqueles que detinham o poder, têm hoje olhos e ouvidos apuradíssimos para entender o que há por trás de cada episódio do cotidiano, por mais irrelevante que possa parecer à primeira vista. É isso que o baronato midiático parece não ter entendido ao continuar patrocinando atos que, a pretexto de combater a corrupção, têm como objetivo esvaziar a política.

Os movimentos que saem da internet para ganhar as ruas, longe de ser a "primavera" com que sonham – ou fingem sonhar – seus reais mentores, têm se mostrado um melancólico outono dos tradicionais dispositivos de agenciamento midiático. Submersos na crise do imobilismo de suas bases, resta à velha direita o consolo de platitudes publicadas para justificar mais uma tentativa fracassada. O saldo de mais um insucesso ora é debitado à boa situação da economia brasileira ora a uma estranha lógica binária, como a apresentada pelo professor de Ética e Filosofia Política da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro, na edição de 13/ 05, de O Globo.

"O problema na luta contra a corrupção é que ela está tomada pelos partidos. E é uma lástima que as pessoas usem isso contra o partido oposto". Mas a que se refere o renomado acadêmico? A característica do movimento não seria exatamente o seu reiterado "caráter apartidário"? Ou, sem se dar conta, Janine revela o fato que deveria permanecer oculto: o centro político da reação está agrupado no campo jornalístico oligopolista que assume para si o papel de partido de oposição.

O mesmo partido que deu sustentação a duas décadas de ditadura militar. O mesmo agrupamento que silenciou as emoções e expectativas da opinião pública durante os oito anos de desmando do tucanato. Que editou a realidade para ocultar as preocupações da população com o apagão, o descontrole cambial, a desnacionalização de partes substanciosas da produção e serviços nacionais, os rigores de uma política econômica que duplicaram as dívidas externas e internas e criaram seguidos déficits comerciais.

sábado, 15 de outubro de 2011

"A fome não mata soldados, mata crianças."

"...a fome é uma arma de destruição em massa, mais poderosa, mais perigosa que qualquer outra arma que o Homem já inventou. A fome, ela não mata soldados em campo de batalha, ela não mata inimigos, ela não mata terroristas, ela mata crianças. E às vezes, no útero da própria mãe, que não teve o direito de comer as proteinas e as calorias necessárias ao nascimento de uma criança com saúde. E eu sempre sonhei que era possível, transformar a fome, de um problema social, estatístico, para um problema político. E hoje, eu estou tendo essa consagração, recebendo um prêmio, que até então era dado para técnicos, pra cientistas e pra pesquisadores, estamos recebendo como políticos que priorizamos o combate à fome como instrumento de desenvolvimento econômico." 

"...a democracia, não é a gente gritar que tá com fome, democracia é a gente comer, de manhã, de tarde e à noite."

"...quando fizemos o programa Bolsa Família, disseram que eu dar esmola aos pobres brasileiros, e que eu criar um exército de pessoas que não iriam querer trabalhar. Terminamos 2010 atendendo 13 milhões de famílias, 52 milhões de pessoas. E aqueles que diziam que eu estava dando esmolas para os pobres, certamente eram aqueles que davam a mesma quantia que eu dava para os pobres, de gorjeta depois de tomar whisky em um bom restaurante. E as pessoas que não conhecem a pobreza, não têm nocão do que uma mãe é capaz de fazer com 50 dólares."

"...a fome não leva ninguém à revolução, a fome leva à submissão. E quem tem que ajudar os famintos, não são os famintos, somos nós que tomamos café de manhã, de tarde e à noite."

Trechos do discurso de Lula, durante premiação pelo combate à fome, em Iowa-EUA.

Veja a íntegra do discurso no vídeo abaixo:




Turma do mensalão do DEM apoia a "marcha contra corrupção" de Brasília

O ex-senador pelo DEM do Distrito Federal, Adelmir Santana, está apoiando a "marcha contra a corrupção" em Brasília:

http://www.senacdf.com.br/portal/index.php/clipping/516-sistema-fecomercio-df-contra-a-corrupcao

Adelmir Santana e o companheiro de partido José Roberto Arruda, antes do Mensalão do DEM vir a público

Ele assumiu o senado em 2007, na suplência de Paulo Octávio (ex-DEMos/DF), quando este foi eleito vice-governador de José Roberto Arruda (ex-DEMos-DF). Arruda e Octávio renunciaram para não serem cassados, devido ao Mensalão do DEM.

Adelmir Santana também foi um dos beneficiados dos chamados atos secretos do Senado.

Em 2010, após a operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, Santana concorreu a deputado federal, mas perdeu, ficando com a segunda suplência.

Agora ele é presidente da FECOMÉRCIO-DF (Federação do Comércio, ou seja, dos sindicatos dos donos de empresas do comércio), e está dando apoio à "marcha contra a corrupção".


Adelmir Santana, Joaquim Roriz e José Roberto Arruda, quando eram todos aliados.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

‘Brasil deixou de ser emergente. Já emergiu’, diz ex-secretária de Estado dos EUA

Madeleine Albright destacou que o governo brasileiro está fazendo algo que os Estados Unidos não estão: \"Acumular reservas internacionais, pois (no caso dos EUA) vão para a China\"

SÃO PAULO - A ex-secretária de Estado norte-americana Madeleine Albright elogiou a economia brasileira. Em evento com os CEOs das principais empresas do País, ela destacou que o Brasil registra taxas de crescimento e de avanços de investimentos surpreendentes em nível mundial. "Alguns até já dizem que o Brasil deixou de ser uma economia emergente pois já emergiu", afirmou.

Ela ressaltou que o País, junto com outras nações como Índia e Turquia, merece um papel político mais relevante em instituições internacionais como a ONU e o Fundo Monetário Internacional (FMI), instituições que, na avaliação dela, deveriam passar por reformulações pois o mundo mudou muito nas últimas décadas.

"Brasil e Estados Unidos são países líderes regionais e apoiam a democracia. A economia do Brasil está indo muito bem, é forte, robusta e está em condições de ser competitiva", disse.

Segundo Madeleine, a economia mundial é interdependente e fatos que ocorrem nos EUA e na Europa afetam outras nações pelo mundo. "O governo brasileiro está fazendo algo que o meu não está, que é acumular reservas internacionais, pois (no caso dos EUA) vão para a China", afirmou.

Ela disse que é "irônico" que Europa e EUA, que no passado "davam aulas para América do Sul, Ásia e África" sobre boa gestão fiscal, hoje enfrentem dificuldades para equilibrar seus orçamentos. "Agora o sapato está no outro pé", afirmou.

A ex-secretária de Estado dos EUA ressaltou que os países avançados, incluindo os EUA, estão enfrentando uma série de dificuldades como o alto nível da dívida pública, estagnação econômica, negociações políticas que não avançam e nervosismo de investidores.

"Os líderes mundiais estão buscando equilíbrio entre a necessidade de estimular a economia e a existência de restrições fiscais, o que é necessário para evitar falências e desenvolver políticas para alavancar a repartição do crescimento econômico", disse.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

15 anos sem Renato Russo

Luiz Felipe Carneiro

“Um belo dia, o público vai descobrir que o seu ídolo tem pés de barro, e é uma coisa muito dolorosa porque messias não existem” (Renato Russo)



Ele foi o último ídolo do rock brasileiro. Depois dele, não veio mais ninguém. E, arrisco dizer, nunca mais virá. 

Parece que foi ontem, e talvez tenha sido mesmo, que Renato Russo morreu. Mas lá se vão 15 anos. O que, sob um ponto de vista, pode parecer uma eternidade.

Eternidade porque Renato Russo foi o último ídolo do rock brasileiro. Depois dele, não veio mais ninguém. E, arrisco dizer, nunca mais virá, até mesmo porque o rock brasileiro não fabrica mais nada de minimamente razoável já faz tempo.

Às vezes eu me pergunto o que fez de Renato Russo um ídolo.

Encontro a resposta facilmente em seus álbuns, especialmente nos da Legião Urbana.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Catadores de Paracatu ganham prêmio em SP

O projeto PETLimpa, iniciativa do Instituto Camargo Corrêa, da construtora Camargo Corrêa e do Instituto Meio, foi o vencedor do Prêmio Planeta Casa 2011, na categoria Ação Social. A premiação foi realizada na última sexta-feira (30 de setembro), em São Paulo. O projeto consiste em uma fábrica de vassouras ecológicas feitas a partir do reaproveitamento de garrafas PET.
 As vassouras são produzidas para uso doméstico, industrial e para limpeza urbana. São mais duráveis, preservam o meio ambiente e geram ganhos sociais.
 Em 2001, foi fundada a Associação de Catadores e Recicladores de Paracatu – Paracatu Recicla, com o intuito de organizar os catadores e recicladores que trabalhavam em situação de risco no antigo lixão da cidade, para iniciar a atividade de coleta seletiva. Com o crescimento da atividade, foi criada a Cooperativa dos Catadores e Recicladores do Noroeste de Minas – COOPERCICLA, que, com ajuda de parceiros, se profissionalizou com a instalação da fábrica PETLimpa, gerando renda para 35 famílias.
 Sobre o Prêmio
 Promovido pela revista Casa Claudia, em parceria com o Planeta Sustentável, o Prêmio Planeta Casa 2011 tem como objetivo reconhecer os projetos sustentáveis elaborados por empresas e profissionais das áreas de arquitetura, construção e decoração. Em sua décima edição, a premiação conta com seis categorias: Produtos de Decoração; Materiais de Construção; Projeto Arquitetônico; Design de Interiores; Empreendimentos Imobiliários; e Ação Social, para iniciativas que estimulem o desenvolvimento sustentável das comunidades onde estão inseridas.

Reação provinciana às condecorações de Lula

Paulo Moreira Leite 
Confesso que o esforço de determinados políticos, observadores e acadêmicos para reclamar das condecorações internacionais recebidas por Luiz Inácio Lula da Silva já passou o limite da boa educação, do bom gosto e até do ridículo.

Lula recebeu sua mais nova condecoração há duas semanas em Paris. Até hoje a imprensa continua publicando textos que procuram convencer o leitor, basicamente, do seguinte: os pobres intelectuais do mundo desenvolvido são tão despreparados, tão ignorantes e tão incultos, que não sabem quem é Lula, nunca ouviram falar das mazelas de seu governo e só por isso insistem em lhe dar títulos honorários.
Num artigo publicado no Estadão, hoje, um professor do interior de Minas Gerais tenta convencer o público que os intelectuais europeus estão confundindo Lula com a reencarnação do “bom selvagem,” aquele mito da obra de Jean-Jaques Rousseau.
É até preconceituoso, quando se recorda que o “bom selvagem” não tinha um conteúdo de classe social, mas era uma referencia a civilizações consideradas primitivas pelo pensamento colonial europeu.
É preciso apostar alto na ignorancia do leitor para imaginar que ele vai acreditar que os intelectuais dos países desenvolvidos vivem na Idade da Pedra, sem internet e sem uma imprensa de qualidade, que nos últimos anos tem feito reportagens extensas e profundas sobre o Brasil.
Posturas deste tipo são apenas mesquinhas e provincianas.