quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

EMPRESÁRIOS REAGEM A POLÍTICOS E APOIAM DILMA


Fiesp divulga cálculo para mostrar que a redução de tarifas energéticas representará economia anual de R$ 31,5 bilhões às empresas do País. "Dilma tem mostrado sensibilidade, e suas ações concretas apontam a preocupação do governo com a competitividade do país", elogiou o presidente da entidade, Paulo Skaf. PSDB classificou o pronunciamento como "lançamento prematuro à reeleição"

247 – Depois de uma sequência de criticas da oposição ao pronunciamento em que a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução das tarifas de energia, os empresários saíram em defesa do governo. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) informaram que a economia média anual no país passará de R$ 24 bilhões para R$ 31,5 bilhões com o desconto maior na conta de luz.

As entidades, ambas presididas por Paulo Skaf (PDMB), projetam que, em um prazo de 30 anos, a economia passará de R$ 720 bilhões para R$ 945 bilhões. Em nota, as entidades disseram considerar que a redução das tarifas de energia é um passo importante para o Brasil recuperar a competitividade (confira a íntegra da nota). Skaf elogiou as taxas e disse que a sociedade toda ganhará, pois os custos de produção serão reduzidos também.
“A medida beneficia todos os setores da sociedade, e atinge diretamente o bolso de cada brasileiro”, disse. “Dilma tem mostrado sensibilidade, e suas ações concretas apontam a preocupação do governo com a competitividade do país. Todo mundo usa energia, todos os produtos precisam de energia para serem produzidos, todos os serviços consomem energia. Ao reduzir a conta de luz, o benefício é de todos,” ressaltou Skaf, na nota.
Críticas

O presidente nacional do Democratas criticou, nesta quinta-feira 24, o pronunciamento feito pela presidente da República, Dilma Rousseff, ontem, por ocasião do anúncio sobre a redução na conta de luz. Ao 247, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) disparou: “A presidente precisa entender que governar não é desafiar a oposição. Não é insultar a oposição”.

O democrata foi enfático ao explicar que as medidas do governo “não vão se sustentar”, e que baixar os valores das contas de energia elétrica “vão desestimular a economia” , além de “investir na instabilidade do setor elétrico”. “O governo deveria investir em atitudes permanentes”, enfatizou à reportagem.
Questionado sobre quando essas previsões poderiam se concretizar, o presidente do DEM preferiu a cautela e justificou, ao dizer “não ter bola de cristal” para saber quando esses “problemas” vão começar. Mas, mais uma vez, reafirmou que as medidas “vão ter conseqüências”.
Tucanos

Se entre as intenções do pronunciamento feito ontem pela presidente estava o de irritar a oposição, ele foi atingido na mosca. Numa dura nota à imprensa, o PSDB do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidenciável Aécio Neves entendeu que a presidente fez propaganda político-partidária, abandou o conceito de República e se comportou como se estivesse numa reunião interna do PT, para a qual faltaram apenas “as bandeiras e a charanga do partido”.
Os tucanos se posicionaram contra os meios escolhidos pelo governo para reduzir as tarifas energéticas desde o início desse debate, iniciado no ano passado. Os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, Minas Gerais, Antonio Anastasia, e Paraná, Beto Richa, todos filiados ao PSDB, recusaram autorizar a entrada das geradoras estatais de energias de seus Estados no plano. Agora, depois da divergência técnica, a briga derivou para o campo político.

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