sábado, 29 de março de 2014

O Direitista Raivoso

Paulo Nogueira - jornalista Diário do Centro do Mundo

Eu não vou cumprimentar ninguém porque estou com raiva.
Então vamos direto.
Eu sou o DIRAI. O Diretista Raivoso.
Eu tenho raiva. Eu vivo da raiva. Eu morro de raiva.
Eu sou a raiva.
Odeio pobre.
Odeio negros.
Odeio cotas.
Odeio gays.
Odeio nordestinos.
Odeio comunistas.
Odeio petralhas.
Odeio esquerdopatas.
Odeio black blocs.
Odeio Cuba e Venezuela.
Odeio mais ainda o Brasil e os brasileiros.
Odeio o lulismo, o lulopetismo, o lulodilmismo, o bolivarianismo e o chavismo.
Odeio o socialismo.
Odeio ciclistas, ativistas, feministas.
Odeio o Bolsa Família, o Mais Médicos e todas as esmolas governamentais.
Odeio essencialmente tudo.
Amo algumas coisas, no intervalo de minhas sessões de ódio.
Amo a internet, porque me permite ir a sites e xingar, incógnito, as pessoas sem consequência nenhuma.
Amo trollar no G1 e no uol.
Amo a palavra mensaleiros.
Amo o Mainardi pai e o Mainardi filho.
Amo a Scheherazade, o Reinaldo de Azevedo, o Rodrigo Constantino, e comento sempre nos blogs dos dois últimos.
Amo o Lobão, amo o Gentilli, amo o Roger do Ultrage.
Amo, ainda mais, o Olavo de Carvalho, o pai de todos estes aí em cima, e carrego seu último livro como um mórmon carrega sua bíblia.
Amo a Veja.
Amo os militares, que trouxeram ordem e progresso ao Brasil quando o comunismo ateu rondava perigosamente o país.
Amo a tradição.
Amo justiceiros e justiçamentos.
Amo os cânceres que mataram o Chávez e quase mataram o Lula e a Dilma, e tenho a esperança de que no caso destes dois últimos o serviço ainda se complete.
Amo – acima de tudo – o ódio, o ódio, o ódio.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Campanha mundial da Cáritas debate caminhos do combate à fome

Adital
Com o objetivo de diagnosticar problemas e apresentar caminhos para colaborar com a erradicação da fome no mundo, a Cáritas Internacional promove a campanha "Uma família humana, alimento para todos”. Para isso, rodas de conversa e outros ambientes de debate serão articulados em comunidades de todo o mundo a fim de compreender as atuais demandas do tema e elaborar um documento propositivo.

Ao todo, as 164 organizações membros da confederação são convidadas a participar da campanha. "É uma profunda injustiça que mais de 800 milhões de pessoas passem fome no mundo. (...) Não passariam fome se houvesse uma maior igualdade na distribuição de riqueza", destaca o presidente da Cáritas Internacional, cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga.

Brasil: debate sobre justiça social

No Brasil, o tema de campanha foi adaptado para "Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”. Isso porque a campanha no país irá trabalhar na perspectiva da soberania alimentar e justiça social, questões relevantes para a realidade brasileira.

O método se constitui da promoção de um processo de escuta e diálogo junto a grupos comunitários e paróquias no intuito de identificar como as próprias pessoas desfavorecidas enxergam a questão da miséria no Brasil. Outro meio será fomentar o debate por meio das redes sociais da Internet.

A diretora da Cáritas Brasileira, Maria Cristina dos Anjos, afirma que são articuladas ainda parcerias com pastorais e movimentos sociais para replicar a proposta. "Já estamos em diálogo. Queremos animar a reflexão e cultivar essa mobilização para as pessoas olharem em seu entorno”, afirma.

Circulação de diagnóstico

A proposta é que a discussão se desenvolva no período de maio a outubro deste ano e, já no final de 2014, sejam apresentados os primeiros resultados da campanha. A expectativa é que um documento sistematizado com o resultado de todos esses diálogos seja lançado para toda a sociedade brasileira no primeiro semestre de 2015, encaminhado destacadamente para ampla circulação entre as instituições religiosas, públicas e privadas, o Estado e a sociedade civil organizada.

Além disso, a Cáritas Internacional deverá elaborar um Projeto de Lei sobre o direito à alimentação, que as organizações nacionais da confederação poderão incentivar cada governo a adotar. A entidade também pretende defender na Organização das Nações Unidas (ONU) sessão sobre o direito à alimentação, prevista para ocorrer em 2015 na Assembleia Geral da ONU.

A Rede Cáritas atua em 200 países, promovendo a participação cívica e a defesa em questões sociais e econômicas. Unem-se a isso ações para o desenvolvimento humano integral a partir de estratégias de desenvolvimento sustentável, abrangendo políticas climáticas, educação, capacitação e soberania alimentar.

Serviço

Doações online para o combate à fome podem ser realizadas continuamente através da Rede Permanente de Solidariedade no site da Cáritas: www.caritas.org.br/RPS. Mais informações:http://caritas.org.br/campanha-mundial.