quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Anjos ou Demônios

Udelton da Paixão

Conversei esta semana com um velho amigo servidor da Prefeitura Municipal de Paracatu do setor de arrecadação, fui informado que o VAF – Valor adicionado Fiscal, somente da empresa KINROSS Em 2010, foi mais que o dobro do ano de 2011. Implicando num aumento de arrecadação do município da ordem de 30%, mês a mês em 2012.

O crescimento já era previsto, pois haviam sido anunciadas pela empresa, cifras bilionárias de investimentos neste novo projeto. Pena que a cidade vai a reboque deste investimento.

Isto significa dizer que o município será mais rico em 2012, o cofre da Prefeitura terá mais recursos. Que bom! Parecem anjos!

Mas olho para o lado, e vejo ruas sujas, mal cuidadas, praças abandonadas, uma poeira que atinge e doem os olhos, entra pelas narinas nos contaminando aos poucos, triste constatação o produto desta riqueza não esta sendo aplicado para uso coletivo da comunidade. Se tivéssemos uma cidade bonita e saudável, talvez relegássemos um pouco os impactos desta atividade mineraria, combinação um tanto utópica tratando-se do caso “Paracatu”. 

A força do ouro movimenta tudo nesta cidade, arranca árvores pelas raízes, mudam estradas reais, derruba pé de pequi (protegido por lei estadual), destrói nascentes d’água. Quem diria fazem até os “montes se levantarem e se transportarem pelo mar”, pelo menos o produto extraído destes montes “o ouro”.

Vai-nos sobrando uma paisagem lunar, desértica, coisa de filmes de ficção. Não será de assustar se logo, logo, tivermos uma esteira no centro da cidade transportando terra, para ser processado nos moinhos da KINROSS, agora sim os responsáveis por este cenário se parecem “demônios”.

Udelton da Paixão
VAF- VALOR ADICONADO FISCAL - Diferença entre o que a empresas vendem e o que compram de outros municípios durante o período de um ano, que resultará no peso da economia do município na economia do Estado, definindo quanto cada município receberá do produto final de arrecadação do ICMS do Estado no ano seguinte.

Quem está vencendo a disputa político-ideológica no Brasil?

Eduardo Guimarães

Todos os dias, grandes jornais, televisões, rádios e portais de internet travam uma disputa surda com blogueiros, tuiteiros e facebookers pelos corações e mentes dos formadores de opinião, aquelas pessoas de diversos estratos sociais, faixas etárias e regiões do país que têm interesse em política e que, ao lado da percepção da sociedade sobre a própria vida, influem na formação das duas grandes correntes político-ideológicas do país, uma contra o governo e outra a favor, ou uma conservadora e a outra progressista.

Antes de prosseguir, porém, qualifiquemos essas correntes quanto às ideias-força que as mobilizam.
Uma corrente político-ideológica acredita em nova forma de governar em que sejam privilegiadas medidas do Estado socialmente inclusivas e as relações sul-sul em detrimento das relações sul-norte. A outra corrente privilegia a teoria de fazer o bolo crescer para só depois dividi-lo e acredita em impor sacrifícios sociais até que o bolo tenha crescido suficientemente – o que nunca se viu ocorrer, diga-se.
As duas grandes correntes políticas que dividem o país, portanto, sempre foram a dos conservadores e a dos progressistas, sendo que tanto de um lado quanto do outro cabem subgrupos com diferentes intensidades de convicções naquelas macro premissas ou visões sobre o papel do Estado e sobre quem, ao fim e ao cabo, irá ganhar ou perder na divisão de riquezas e sacrifícios.

Essas correntes, hoje, digladiam-se diariamente, ainda que de forma desigual.

De um lado, grandes impérios de comunicação dotados de recursos bilionários e que, através deles, conseguem eleger políticos que lhes conferem um braço institucional votando ou administrando como esses grupos empresariais querem. E esses grupos, valendo-se de ameaças de ataques ou de promessas de afagos em seus veículos conseguiram instalar seus representantes também no Poder Judiciário.
Do outro lado, um grande movimento na internet composto por militantes de partidos, por cidadãos apartidários e por jornalistas sem cobertura de empresas jornalísticas, todos decididos a combater os conservadores apoiando políticos alinhados à sua visão, que, no caso, no fim das contas são os políticos do PT, ainda que estes mantenham uma relação muito mais distante com as novas mídias que os apoiam em maior ou menor intensidade.

O que caracteriza esse lado progressista na internet é o trabalho voluntário e isolado, caótico, sem um comando central como o dos grupos de mídia conservadores, grupos que, por sua vez, obedecem a interesses empresariais, de classe social e regionais que se comunicam entre si em associações formais e informais, e que, junto aos políticos que elegem com seus meios de comunicação, dão combate ao governo progressista.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Globo confessa manipulação

"...colocamos as pastas todas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula – mas as pastas estavam inteiramente vazias ou com papéis em branco”. (Boni)

A confissão do Boni, ex todo-poderoso da empresa, revela como a Globo sempre manipulou informações. Apesar de ter contado apenas o que todos já sabiam, a entrevista demonstra a perversidade hipócrita de uma empresa que usa uma concessão pública para promover aqueles que compactuam com seus interesses e para prejudicar quem pode ameaçar seus objetivos sombrios. 


Todos já sabiam sobre a manipulação de imagens por parte do jornalismo da Rede Globo, no Jornal Nacional, um dia depois do debate do dia 14 de dezembro de 1989 entre os candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello. Agora, no entanto, 22 anos após o ocorrido, o homem que formatou o “Padrão Globo de Qualidade” simula uma "revelação bombástica" para lançar sua nova obra, "O Livro do Boni": a Globo manipulou o debate.

Em entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto, transmitida pela Globo News, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, dá detalhes da noite do debate, cuja repercussão foi considerada fundamental para a vitória no segundo turno de Collor de Mello, uma vez que antes do acontecimento os dois políticos estavam em situação de empate técnico.
Boni admitiu que a emissora assumiu o lado de Fernando Collor de Mello. Segundo ele, após ser procurado pela assessoria do ex-presidente, o superintendente executivo da Globo, Miguel Pires Gonçalves, pediu que ele palpitasse no evento. “Eu achei que a briga do Collor com o Lula nos debates estava desigual, porque o Lula era o povo e o Collor era a autoridade”, contou. “Então nós conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com uma 'glicerinazinha' e colocamos as pastas todas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula – mas as pastas estavam inteiramente vazias ou com papéis em branco”, disse Boni. “Todo aquele debate foi [produzido] – não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo -, mas a parte formal nós é que fizemos”.

Ao contar algo que todos já sabiam, fazendo questão de acrescentar detalhes picantes, para ter mais repercussão - trechos de sua entrevista já foi replicada por diversos veículos e portais de comunicação - o ex-chefão da Globo conseguiu protagonizar um dos maiores eventos literários do ano. Nesta noite, ele estará no Programa do Jô, também da TV Globo, também com o objetivo de lançar o livro. Certamente haverá mais detalhes sobre a noite de 14 de dezembro de 1989.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

50 anos de amizade com Serra e R$1.000.000.000,00 desviados

Por Altamiro Borges

José Serra, o presidenciável rejeitado duas vezes pelas urnas, adora se meter em tudo. Não perde uma oportunidade para fazer um discursinho ou para dar declarações à imprensa aliada. Notívago, ele passa as noites escrevendo em seu twitter e blog. Tem também colunas nos jornalões. Até os tucanos se incomodam com as constantes bravatas do ex-governador paulista.

Nos últimos tempos, o seu discurso preferido – quase monocórdio – é sobre o tema corrupção. Sem idéias ou propostas originais para o Brasil, ele tenta se travestir de “paladino da ética” e lembra os velhos udenistas, que posavam de moralistas e eram mais sujos do que pau de galinheiro. O tucano parece que gostaria de entrar para a história com a fantasia do golpista Carlos Lacerda.

Abatido com a prisão do amigo?

Desde quinta-feira passada, porém, o falante José Serra está quieto, num preocupante silêncio. Será que está doente? Será que ele está abatido com a prisão do seu grande amigo João Faustino, o suplente do senador Agripino Maia, acusado de ser o chefão da quadrilha que fraudou a inspeção veicular no Rio Grande Norte e roubou mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos?

Ou será que ele está se fingindo de morto para que ninguém se lembre das suas intimas relações com Faustino? Para que a mídia demotucana, que sempre o blindou e protegeu, evite dar destaque para o delicado assunto? Mantendo o seu bico tucano calado, Veja, Folha, Estadão e Globo também podem minimizar o escândalo. Podem até esconder que ambos tinham sólidas ligações.

Uma entrevista reveladora

Mas não dá para negar a história. Os dois são amigos há “50 anos”, segundo o próprio presidiário. Para irritar Serra e sua mídia, o blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, reproduziu hoje longa entrevista de Faustino publicada em agosto de 2009 no Jornal do Commercio, de Pernambuco. Ela até poderia ser anexada ao processo criminal. Reproduzo alguns trechos:

*****

Qual é a sua relação com o governador José Serra?

Eu era subchefe do Gabinete Civil do governo de São Paulo. Deixei essa função para colaborar com o governador. Ele ainda não formou sua equipe de coordenação (de campanha), não existe ainda um coordenador, nem coordenadores regionais. Estou colaborando na condição de amigo pessoal dele, de colaborador que sou dele. Fui vice líder de Serra na Câmara dos Deputados. Sempre que convocado por ele, como eu tenho sido, procuro colaborar com esse projeto de 2010...

O senhor é filiado ao PSDB ou foi contratado pelo partido?

Sou fundador do partido. Sou uma das 18 assinaturas da aprovação do manifesto partidário (manifesto de criação do PSDB). Em Pernambuco, eu estive ao lado de Cristina Tavares (ex-deputada federal que faleceu em 1992), Egídio Ferreira Lima (ex-deputado federal), para não falar em Mário Covas (ex-governador de São Paulo que faleceu em 2001), Franco Montoro (ex-governador de São Paulo que faleceu em 1999), José Richa (ex-senador pelo Paraná que faleceu em 2003), Pimenta da Veiga (ex-presidente nacional do PSDB). Portanto, tenho uma presença partidária de fundador do partido. Me interesso muito por esse projeto de 2010, essa presença em várias regiões do país...

Uma função de subchefe do governo de Serra presume uma razoável proximidade do senhor com o governador.

Eu conheço Serra há 50 anos. Fizemos política estudantil juntos. Participamos do Congresso (estudantil) de Santo André (SP), em 1963. Trabalhei com ele para que fosse presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), hoje transformada em casa de pelegos. Na época eu fazia política estudantil no Rio Grande do Norte e era presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes) e Serra era presidente da UEE em São Paulo. Depois, ele foi para o exílio e eu fiquei por aqui. Fui perseguido pelo regime militar, preso, mas fiquei no batente. Com a volta de Serra, ele se elege deputado federal e me convoca para ser vice-líder dele. Depois, quando ele foi ministro da Saúde, servimos juntos ao governo Fernando Henrique. Já sem mandato, eu ocupei o cargo de secretário-geral da Presidência da República. Nós sempre tivemos um excelente relacionamento.

domingo, 27 de novembro de 2011

Escândalo da Controlar já atinge senador Aloysio

“A informação mais revelante da Folha de S. Paulo deste domingo, um catatau que circula com centenas de páginas nos fins de semana, está escondida em três pequenas notas, sem chamada na primeira página. Publicadas na coluna Painel, de Renata Lo Prete, elas tratam do escândalo Controlar, empresa de inspeção veicular que provocou o bloqueio dos bens do prefeito Gilberto Kassab, e suas conexões com o Palácio dos Bandeirantes. Aqui, no 247, noticiamos que um dos homens fortes de José Serra, João Faustino, está preso desde a última quinta-feira em Natal, no Rio Grande do Norte, em razão da Operação Sinal Fechado.

Às notas de Renata Lo Prete:

Surpresa!

Quem acompanhou de perto o processo que levou a Prefeitura de São Paulo a validar o resultado de licitação para inspeção veicular realizada na gestão de Paulo Maluf (PP) atesta: a pressão sobre Gilberto Kassab (PSD) não vinha da Controlar, vencedora do questionado certame, e sim da CCR - que veio a adquirir o controle da Controlar pouco depois da assinatura do contrato com o município.

Conexões 1

Carlos Suarez, ex-sócio da construtora OAS acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público paulista no caso Controlar, tem ligação antiga e estreita com João Faustino (PSDB-RN), suplente do senador José Agripino (DEM-RN) preso na quinta-feira em operação que apura fraudes na inspeção veicular (entre outros serviços sob o guarda-chuva Detran) no Rio Grande do Norte.

Conexões 2

Tucanos graúdos se mobilizam intensamente nos bastidores para avaliar a situação e projetar os danos da prisão de Faustino, que foi o número dois do hoje senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) na Casa Civil durante o governo de José Serra.

Renata Lo Prete é uma das melhores jornalistas do Brasil. Daquelas que sabem das coisas. Foram dela, por exemplo, as entrevistas com Roberto Jefferson, que desencadearam o escândalo do Mensalão. Neste caso Controlar, ela vem publicando informações a contagotas. Por "tucanos graúdos", leia-se José Serra e Aloysio Nunes. Isso porque João Faustino foi uma peça estratégica no governo Serra. Tão importante quanto outro assessor de Aloysio, conhecido no mercado como Paulo Preto.

Paulo Preto, engenheiro da Dersa e responsável pelas obras bilionárias do Rodoanel, foi o arrecadador, junto às empreiteiras, de recursos para a campanha presidencial de 2010. João Faustino, por sua vez, coordenava a campanha fora de São Paulo, inclusive no tocante à arrecadação.

A Operação Sinal Fechado e a ação do Ministério Público que bloqueou os bens de Kassab têm conexão direta -- ocorreram simultaneamente. O elo entre as duas é a empresa Controlar, criada por Carlos Suarez, ex-dono da OAS.”

Faustino preso; Serra mudo. E a mídia?

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada, a operação “Sinal Fechado” do Ministério Público Federal resultou no pedido de prisão de 14 pessoas no Rio Grande do Norte. Elas são acusadas de fraudes bilionárias na inspeção veicular – o mesmo esquema que bloqueou os bens do prefeito Gilberto Kassab. A mídia até tem tratado do escândalo na capital paulista, mas evita destacar as prisões em Natal. Por que será?

Um dos envolvidos no escândalo potiguar, já preso e acusado de ser o chefão da quadrilha, é o tucano ricaço João Faustino, suplente do senador Agripino Maia, presidente nacional do DEM. Mais grave ainda: Faustino foi um dos homens-fortes da campanha de José Serra em 2010. Enquanto o esquecido Paulo Preto chefiava a arrecadação de recursos financeiros em São Paulo, ele fazia a coleta nacional.

Relação antiga e sólida

As relações entre Faustino e Serra são antigas. Ele foi o seu subchefe da Casa Civil em São Paulo, subordinado ao ex-secretário Aloysio Nunes Ferreira, eleito senador no ano passado. Quando o grão-tucano se afastou do cargo de governador para disputar o pleito presidencial, Faustino foi acionado para o comando da campanha nacional – principalmente na área de arrecadação de recursos.

Até agora, José Serra, que adora se fingir de paladino da ética, nada falou sobre Faustino. Nem sequer prestou apoio ao seu amigo preso, ao antigo colaborador no Palácio dos Bandeirantes – bem diferente da postura “solidária e humanista” do demo Agripino Maia, outro ícone da “ética”, que logo inocentou seu suplente ricaço. Ingrato, o falante Serra está calado.

Cadê a Veja e o Jornal Nacional?

Já a mídia hegemônica, sempre tão imparcial e neutra, evita dar destaque para a prisão do arrecadador tucano, homem-forte de Serra. Faustino ainda não virou capa da Veja. Willian Bonner e Fátima Bernardes não fizeram cara de nojo no Jornal Nacional da TV Globo. Os jornalões dão apenas pequenas notinhas, nada de manchetes ou das tais reportagens “investigativas”. Estranho, não é?

E olha que o caso é cabeludo. Renata Lo Prete, da Folha, informa hoje (27) que “tucanos graúdos se mobilizam intensamente nos bastidores para avaliar a situação e projetar os danos da prisão de Faustino, que foi o número dois do hoje senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) na Casa Civil durante o governo de José Serra”. Então, por que a mídia não faz seu costumeiro escarcéu? Ela é seletiva?

“Ninguém pode engavetar a Constituição”

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O ex-ministro Franklin Martins quer que o Partido dos Trabalhadores apresente um marco regulatório das comunicações baseado no cumprimento da Constituição de 1988.

“Não se arranha a Constituição, mas não se deixa a Constituição na prateleira. Ninguém pode ferir a Constituição. Ninguém pode engavetar a Constituição. Devemos ter no marco regulatório a Constituição na forma de marco. Na íntegra”.



Franklin usou uma cópia da Constituição como “prop” durante boa parte de sua apresentação; ao final, diante de militantes e jornalistas, leu os trechos da Constituição relevantes para o debate. “Está tudo ali”, disse, antes da leitura.

sábado, 26 de novembro de 2011

Homem forte de Serra está preso em Natal

João Faustino (esq.), suplente do senador Agripino Maia, foi detido na Operação Sinal Fechado, que também investiga esquema da inspeção veicular; ele despachava no Palácio dos Bandeirantes e coordenou a campanha presidencial do ex-governador tucano fora de São Paulo.

247 – Enquanto a imprensa nacional acompanha os desdobramentos da ação deflagrada pelo Ministério Público Federal que bloqueou os bens do prefeito Gilberto Kassab, em razão de um contrato supostamente fraudulento na área de inspeção veicular, uma ação paralela – e muito mais explosiva – foi deflagrada simultaneamente no Rio Grande do Norte. Nela, foram expedidos 14 mandados de prisão na última quinta-feira. Um dos presos é João Faustino, suplente do senador Agripino Maia (DEM-RN) e uma figura muito, mas muito próxima do ex-presidenciável tucano José Serra. Enquanto Serra foi governador de São Paulo, Faustino despachava no Palácio dos Bandeirantes, como subchefe da Casa Civil, sendo diretamente subordinado ao então chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, que hoje é senador. Quando Serra se tornou presidenciável, João Faustino passou a coordenar as atividades da campanha – inclusive a arrecadação de recursos – fora de São Paulo. O que Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, fazia em São Paulo, João Faustino fazia em outros estados.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Taxa de desemprego fica em 5,8% em outubro, a menor já registrada para o mês

Flávia Villela, Agência Brasil

“A taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas do país ficou em 5,8% em outubro. É a menor taxa para o mês desde 2002, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reformulou a Pesquisa Mensal de Emprego. Os dados divulgados hoje (24) mostram que a taxa apresentou leve queda em relação ao resultado de setembro (6%) e de outubro do ano passado (6,1%).
Cerca de 1,4 milhão de pessoas estavam desocupadas no mês passado, enquanto 22,7 milhões de brasileiros trabalhavam. Na comparação com outubro de 2010, houve aumento de 1,5% no número de pessoas ocupadas (adicional de 336 mil trabalhadores) em 12 meses.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,1 milhões) não teve variação significativa em relação ao total de setembro. Na comparação com o de outubro de 2010, houve aumento de 7,4%, o que representou um adicional de 765 mil postos de trabalho com carteira assinada no período de um ano.

O rendimento médio real dos ocupados (R$ 1.612,70) também não variou na comparação com setembro e permaneceu estável ante outubro do ano passado. A massa de rendimento real (R$ 36,9 bilhões) ficou estável em relação a setembro. Na comparação com o valor registrado em outubro de 2010, houve alta de 0,9%.”

Cadê o cunhado do Alckmin?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a Justiça Federal de São Paulo bloqueou todos os bens do cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Paulo César Ribeiro, o Paulão, irmão da primeira-dama Lu Alckmin, é acusado de comandar um esquema de fraudes em licitações públicas para o fornecimento de merendas escolares à prefeitura de Pindamonhangaba, a 140 km da capital paulista.

A decisão da juíza Carla Cristina Fonseca Jório, da 1ª Vara Federal de Taubaté, também incluiu outras sete pessoas – entre elas o próprio prefeito da cidade, João Antonio Salvado Ribeiro, do “ético” PPS de Roberto Freire, e seis empresas fornecedoras. Além do bloqueio dos bens, a Justiça determinou ainda a cobrança de R$ 50 milhões de cada dos envolvidos na ação criminosa.

"Diversas irregularidades e ilegalidades"

Segundo assinalou a juíza Carla Cristina, num despacho de 16 páginas, “o requerido (Paulo Ribeiro), segundo as provas existentes, foi lobista e intermediou a doação do Grupo SP Alimentação para a campanha do prefeito João Antônio Salgado Ribeiro... Consta, também, que ele recebia propina da empresa Verdurama”.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sonegação fiscal e ocultação de patrimônio: as denúncias contra Aécio que estão na PGR

do site Carta Maior

Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ainda não se manifestou sobre denúncia de sonegação fiscal e ocultação de patrimônio contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebida em maio. Para um dos autores, clima político morno sem cobertura jornalística intensa influencia ritmo de decisões. Acusações contra Antonio Palocci e Orlando Silva foram examinadas em dias.

André Barrocal

BRASÍLIA – Acionado por adversários do governo Dilma para que investigasse ministros acusados de corrupção, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deu respostas rápidas em dois casos que terminaram em demissão. Diante de denúncias formuladas a partir de reportagens, Gurgel decidiu em alguns dias arquivá-las quando o alvo era Antonio Palocci e pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra Orlando Silva.

O procurador-geral não mostra a mesma agilidade, porém, num caso em que os papéis estão invertidos e aliados da presidenta Dilma Rousseff denunciam um opositor dela. Gurgel analisa há seis meses uma representação feita contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a irmã dele, Andrea Neves da Cunha, e uma rádio de ambos, a Arco Iris.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pensamentos e sonhos sobre o Brasil

Nosso desafio é mostrar que o Brasil pode ser, de fato, um pedaço do paraíso que não se perdeu”

Leonardo Boff

1. O povo brasileiro se habituou a “enfrentar a vida” e a conseguir tudo “na luta”, quer dizer, superando dificuldades e com muito trabalho. Por que não iria “enfrentar” também o derradeiro desafio de fazer as mudanças necessárias, para criar relações mais igualitárias e acabar com a corrupção?

2. O povo brasileiro ainda não acabou de nascer. O que herdamos foi a Empresa-Brasil, com uma elite escravagista e uma massa de destituídos. Mas, do seio desta massa, nasceram lideranças e movimentos sociais com consciência e organização. Seu sonho? Reinventar o Brasil. O processo começou a partir de baixo e não há mais como detê-lo.

domingo, 20 de novembro de 2011

O mundo cantando pela paz



Mais uma canção pela Paz, do fantástico projeto 'Playing For Change' que reúne músicos de todas as partes do mundo para cantar pela Paz.

Nesta versão o mantra OM SAT CHIT ANANDA (Aum Sat Chit Ananda) é o refrão com vocais de Sandra de Sá (Brasil) e Ilo Ferreira (Cabo Verde). Músicos de Salvador, Rio de Janeiro - Afro Reggae (Brasil), Jamaica, Cuba, Índia, Argentina, Espanha e Estados Unidos. Lyrics by Enzo Buono & Carolina Farias

Letra da da música e do mantra refrão desta canção:

* Peça a Deus, ...

Que os homens encontrem os seus passos perdidos,

e que os sonhos despertem esses olhos dormidos,

que o Amor transborde e vivamos em Paz...


Que os dias terminem com os braços cansados,


e que a sorte só queira estar ao teu lado,

que a dor não lhe assombre nem lhe cause desespero, peça a Deus...


* Sat Chit Ananda Parabrahma


Purushotahma Paramatma


Sri Bhagavathi Sameetha


Sri Bhagavathe Namaha

Peça a Deus,... que nos mande do céu muita sabedoria,


um Amor verdadeiro, .. que ninguém passe fome,

um abraço de irmão, que vivamos em Paz...

Que terminem as guerras e também a pobreza.


Encontrar alegrias entre tanta tristeza,


que a Luz ilumine as almas perdidas e um futuro melhor.


* Sat-Chit Ananda Parabrahma,

Purushotahma, Paramatma,


Sri Bhagavathi Sameetha,


Sri Bhagavathe Namah

O escândalo do Metrô, a "aula de democracia" de Alckmin e a Opus Dei

Em abril deste ano, o MPE-SP constatou que, com base no modelo de edital escolhido para a licitação, os contratos decorrentes daí teriam um superfaturamento estimado de R$ 304 milhões (hoje, R$ 327 milhões). Ou seja, um prejuízo milionário aos cofres públicos, superior a R$ 300 milhões.

Por Emílio Rodriguez e Paulo Dantas, no blog Viomundo:

Em 8 de novembro, quando a Polícia Militar retirou os alunos da reitoria da USP em cumprimento a uma decisão judicial, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse:

“Alguns estudantes precisam ter aula de democracia, de respeito à decisão judicial, de respeito ao patrimônio público porque a população que paga impostos, população que é mais pobre, que mantém a USP, que é todinha dinheiro público”.

Curiosamente, o “professor” Alckmin despreza essa aula de democracia, que recomendou aos estudantes da USP, quando trata de corrupção em seu governo, mais precisamente em contratos de construção da Linha 5 — Lilás, do Metrô.

Desde setembro do ano passado, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) investiga fraude nessa licitação. Reportagem publicada pela Folha de S. Paulo revelou, na ocasião, que os vencedores dos oito lotes estavam definidos seis meses antes.

Em abril deste ano, o MPE-SP constatou que, com base no modelo de edital escolhido para a licitação, os contratos decorrentes daí teriam um superfaturamento estimado de R$ 304 milhões (hoje, R$ 327 milhões). Ou seja, um prejuízo milionário aos cofres públicos, superior a R$ 300 milhões.

O esquema suspeito do filho de FHC e & Disney

Documentos obtidos por ISTOÉ mostram que Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente da República FHC, pode ser testa de ferro do grupo americano Disney

Os passos do grupo americano The Walt Disney Company no Brasil vêm sendo seguidos com atenção pelo Ministério das Comunicações. Foram constatados fortes indícios de que, por meio de uma manobra ilegal, a companhia seria a controladora da Rádio Itapema FM de São Paulo, conhecida popularmente como Rádio Disney. De acordo com as leis nacionais, empresas jornalísticas e emissoras de rádio e televisão não podem ter participação estrangeira no seu capital acima de 30%. Para mascarar a situação irregular da emissora, o grupo americano, um dos maiores conglomerados de mídia e entretenimento do mundo, estaria recorrendo a um personagem de peso como testa de ferro: Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. É ele quem se apresenta para os órgãos públicos como o acionista majoritário da Rádio Holding Participações Ltda., controladora de 71% da Itapema FM de São Paulo. Os outros 29% pertencem a The Walt Disney Company (Brasil) Ltda.

Cáritas Brasileira envia primeiro milhão aos africanos atingidos pela seca

Mais de um milhão e trezentos mil reais já foi arrecadado pela campanha SOS África

por Barry Malone

Lançada em agosto deste ano pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sob coordenação da Cáritas Brasileira, a campanha SOS África mobilizou milhares de brasileiros e brasileiras que prestaram solidariedade aos povos da África por meio de doações financeiras.

O objetivo da campanha emergencial é arrecadar fundos que estão sendo destinados para a compra, principalmente, de alimentos e água potável para milhões de africanos que ainda sofrem com a pior seca já registrada nos últimos 60 anos. A catástrofe ambiental atinge o Chifre da África (região Nordeste do continente que compreende países como Somália, Uganda, Etiópia, Quênia, Djibuti e Eritréia), atinge 13 milhões de pessoas e já matou cerca de 30 mil crianças de fome.

domingo, 13 de novembro de 2011

Acervo - Banda de Pau e Corda


O grupo foi criado em Recife em 1972 e no ano seguinte rumou para São Paulo, onde gravou o LP "Vivência". Em seguida montaram um espetáculo que percorreu diversas cidade e em 1975 gravaram o segundo disco, "Alegoria" que também deu início a uma série de espetáculos que misturava música e poesia. No final dos anos 90 o grupo contava com três membros originais (Roberto, Sérgio e Waltinho) e contratava os demais músicos a cada turnê. 

Com um regionalismo marcante, a banda influenciou vários artistas e grupos pelo Brasil afora. Veja abaixo, vídeos de algumas de suas canções:

Esperança


Me diga homem



Vivência


 O trem tá feio 



Outros vídeos:




Presidente da OAB é acusado de receber R$ 1,5 mi em salário ilegal


O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Filgueiras Cavalcante Júnior, aparece constantemente nas cameras de TVs discursando contra a corrupção, ou entregando documentos contra políticos no STF, pede impeachment de prefeito, e também foi um dos idealizadores  da "Marcha contra a corrupção" em setembro deste ano.No entanto,  notícia publicado na Folha deste domingo, mostra que Ophir Filgueiras, também tem laços e participa da corrupção que ele diz combater.


sábado, 12 de novembro de 2011

Colcha de retalhos materializa rede da Cáritas no Brasil

Na perspectiva da união entre as comunidades e representantes da Cáritas, uma colcha de retalhos está sendo feita durante o IV Congresso Nacional e XVII Assembléia da Cáritas Brasileira, realizado em Passo Fundo (RS).
De acordo com João de Jesus, assessor de Formação do Secretariado Nacional da entidade, a proposta é que a estrutura simbolize a diversidade de cultural das várias regiões do país presentes no Congresso.

“A ideia é montar a colcha de retalhos com peças que simbolizam o conjunto das entidades-membro da Cáritas, os secretariados regionais e secretariado nacional, qual a nossa compreensão a cerca do Desenvolvimento Solidário Sustentável e Territorial, que tem que dar conta dessa pluralidade”, ressaltou João.

Para que fosse composta na sua totalidade, cada Cáritas do país confeccionou um pedaço, que depois de montada e costurada durante o Congresso, será exposta no Secretariado Nacional, em Brasília.

Costurando a rede

A tarefa de juntar cada parte num um único pano coube a Maria Salete Colussi, que também participa da articulação de grupo de mulheres na Cáritas Arquidiocesana de Passo Fundo.

A costureira comentou que participar da construção de um dos símbolos do evento é uma honra emocionante.

“Eu estou achando maravilhosa a experiência. Os trabalhos desenvolvidos em cada comunidade são lindos. Cada retalho é de uma forma, um é diferente do outro, mas todos expressam a filosofia da Cáritas”, afirmou a costureira.
“Juntar cada parte é até fácil. O mais difícil é juntar cada pedacinho, que representa uma história da Cáritas”.

Equipe de Comunicação da Cáritas Brasileira

Lula, a Voz do Brasil - Frei Betto

Adital
Lula é, hoje, a voz do Brasil. De modo especial, a voz dos que não têm voz. Nenhum brasileiro tem, no exterior, tanta audiência. Os chefes de Estado prestam atenção no que ele diz, inclusive Dilma Rousseff.
Universidades dos cinco continentes o homenageiam com o diploma de doutor "honoris causa”. Empresários, dentro e fora do Brasil, querem conhecer seu ponto de vista sobre a conjuntura. Organismos internacionais se interessam pelo modo como o seu governo combateu a fome e reduziu a desigualdade social no Brasil.

A vida é imprevisível. Frágil como uma folha seca. E o futuro a Deus pertence. Súbito, Lula vê-se afetado por um câncer na laringe. Até parece que a natureza decidiu atingi-lo em seu calcanhar de Aquiles. Como ocorreu ao pianista João Carlos Martins, cujos dedos das mãos, afetados por uma sucessão de problemas de saúde, quase o obrigaram a se afastar da música. Hoje, ele é reconhecidamente um exímio regente.

Leia o artigo completo no site Adital

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dueto de Elis Regina e Amy Winehouse em “Rehab de Março”

Do blog Mente Aberta


A brasileira Elis Regina morreu há quase 30 anos. Amy, precocemente, saiu de cena no início deste ano. Por uma iniciativa do DJ Rafael Nelvam – e não tem nada de oficial nisso – as duas cantoras se encontram em um “mashup”, nesse caso, de música, que vem fazendo sucesso no YouTube.

“Rehab de Março” junta a batida do maior sucesso de Amy com a “Águas de Março”, um clássico da música brasileira composto por Tom Jobim. A gravação usada pelo autor é de uma apresentação de Elis para a televisão, em 1973. Nela, a cantora está acompanhada do pianista César Camargo Mariano. O resultado é curioso.


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

40 anos da Teologia da Libertação


Benjamín Forcano
Sacerdote e teólogo da Igreja Católica Romana



Há 40 anos começava uma nova maneira de fazer teologia, que tem influído notavelmente na sociedade e na Igreja. Aos 40 anos, uns a dão com acabada; outros, a felicitam pela tarefa desenvolvida e pelos desafios que apresenta com vistas ao futuro.

Porém, a Teologia da Libertação (TdL) não começou nos anos 70. Em 1492 acontece o chamado ‘descobrimento' da América Latina; e, em 1511, um frei dominicano, Antonio de Montesinos, em nome de sua comunidade e ante as autoridades da Isla La Española (hoje República Dominicana), disse, com referência aos indígenas e ao tratamento que estes recebiam: "Por acaso, não são homens?”. Foi a primeira pergunta de uma história de libertação, como muito bem explicou o professor Reyes Mate, em conferência sobre esse tema. Podemos, então, dizer que a história da TdL começou há 500 anos, em 11 de dezembro de 1511.

Sem dúvida, não faltaram cristãos que desde sempre e a partir da experiência de sua fé, viam a teologia subordinada a uns ditames colonizadores opressivos. Porém, sua experiência não era formulada em novas categorias teológicas e tampouco se tornou pública na sociedade.
A partir dos anos 60, grandes expectativas de mudança vão se gerando no mundo; porém, os cristãos pareciam carecer de criatividade e não incidir nessa mudança com alternativas próprias de transformação.

Delator do mensalão do Alckmin é isolado pela mídia


Por Altamiro Borges

Depois de 16 anos como fiel integrante da base de apoio dos governos tucanos em São Paulo, o deputado Roque Barbiere cogita romper com Geraldo Alckmin. Autor das graves denúncias sobre o esquema de venda de emendas na Assembléia Legislativa, ele diz que é vítima de feroz perseguição, sendo tratado como “um leproso politicamente” pelos aliados do governador do PSDB.

Em entrevista publicada hoje na Rede Brasil Atual, Barbieri reafirmou as denúncias sobre corrupção em São Paulo e garantiu que encaminhará as provas ao Ministério Público. Em setembro, o parlamentar petebista revelou que de “25% a 30%” dos deputados paulistas vendem cotas de emendas, em negociatas que envolvem empreiteiras, prefeituras e o governo – num típico “mensalão”.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Cáritas Diocesana de Paracatu realiza evento para crianças de assentamento rural



No dia 22 de outubro de 2011, a Cáritas Diocesana de Paracatu realizou a Comemoração do Dia da Criança no Assentamento Vazante, município de Unaí. O evento contou com a participação de 58 crianças desta localidade. Foi feito um resgate de brincadeiras infantis como cantigas de rodas, danças infantis, piadas, pinturas de rosto, animação com palhaços e outros entretenimentos. Ao final foi servido um lanche para todas as crianças, além do sorteio de presentes e brindes. O evento contou com o apoio de empresas como o Posto Cruzeiro e com recursos doados pelos funcionários da agência do Banco do Brasil de Paracatu. Foi realizada também uma Oficina sobre Saúde Alternativa para as mulheres do assentamento, contemplando uma das metas do Programa de Ates (Assistência Técnica Social e Ambiental). Esta oficina foi coordenada pela Brígida Silveira – coordenadora da Pastoral da Criança da Diocese de Paracatu.
O Projeto de Assessoria Técnica Social e Ambiental – Ates vem sendo desenvolvido pela Cáritas Diocesana de Paracatu junto a 10 áreas de assentamentos em Unaí dentro de um Contrato assinado com o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Distrito Federal e Entorno. Contempla a realização de 19 metas pelo período de 01 ano. Para realização deste Projeto houve a contratação de uma equipe multidisciplinar composta por 10 profissionais de diferentes áreas de formação como: Agronomia, Engenharia Ambiental, Medicina Veterinária, Serviço Social e Técnicas Agropecuárias.

domingo, 6 de novembro de 2011

Folha, Estado, Veja e televisões minimizam corrupção em SP


Eduardo Guimarães
 Blog da Cidadania

No último dia 12 de outubro, este blog cobriu ato público “contra a corrupção” que começou no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, e terminou no “Centro Velho” da cidade, na praça Ramos de Azevedo, diante do Teatro Municipal de São Paulo. A matéria reproduziu respostas a um questionário que esta página apresentou aos manifestantes. Aquele questionário foi elaborado de forma a identificar possível viés político-partidário e ideológico nos integrantes da manifestação.

Taxa de juros é a menor em 17 anos


Fernando Dantas, O Estado de S. Paulo

O Banco Central (BC) está testando o menor nível de juro real no Brasil desde que foi lançado o plano Real. A taxa real desconta a inflação esperada dos juros cobrados. Na média de outubro, o juro real caiu para 4,5%.

Os juros prefixados de 360 dias entre grandes empresas e bancos ficaram em 10,5%. Deduzindo-se a expectativa de inflação do IPCA nos próximos 12 meses, de 5,7%, chega-se aos 4,5%.

Para o BC, a queda do juro real é compatível com a volta do IPCA para bem perto do centro da meta de inflação, de 4,5%, no final de 2012. A instituição conta com a desaceleração da economia pela alta anterior da Selic, a taxa básica de juros, pelas medidas macroprudenciais de contenção do crédito e pela política fiscal mais apertada.


A favor do Enem

Mair Pena Neto
Do site Direto da Redação

Um avanço no sistema educacional brasileiro, tanto por usar uma metodologia avançada quanto por democratizar o acesso ao ensino superior, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem sua credibilidade ameaçada pelos sucessivos erros que aconteceram nos últimos três anos e pela maneira como algumas escolas o encaram. Mas as críticas generalizadas não costumam levar em conta a diferença entre os problemas ocorridos a cada ano e precisam ser rebatidas em nome da preservação de uma conquista apoiada pela grande maioria dos educadores.

sábado, 5 de novembro de 2011

A seresta paracatuense de Zé Bolacha e Tição

Os seresteiros mais conhecidos de Paracatu, Zé Bolacha e Tição, lançaram recentemente um CD com belíssimas serestas. Abaixo um clipe com uma das faixas do CD. As fotos são de Udelton da Paixão.

Minha Rainha 


 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A esperança que move Dom Pedro Casaldáliga


Roberto Malvezzi (Gogó)

O bispo Pedro é uma pessoa que seduz pela simplicidade, fraternidade, solidariedade, mas perturba pela coerência. Não é fácil cruzar com sua pessoa e sua história.

Desde o princípio de seu episcopado optou por desvencilhar-se das exterioridades episcopais e fazer-se realmente pastor, irmão dos mais pobres, a partir das margens do belo Araguaia. Numa época que tanto se dá primazia à instituição, Pedro continua parecendo seu xará bíblico, que mal tinha uma rede para pescar.

Muito se fala na esperança que move Pedro. Esses dias, num depoimento simples e emocionante para a Assembleia Geral do CIMI, ele nos desafiava a mantermos a esperança: “quanto mais difícil o tempo, mais forte deve ser a esperança”. Enquanto achamos esses tempos difíceis e cruéis, ele os acha “raríssimos e belos”. Ainda mais: “mantenhamos a esperança. Pode falhar tudo, menos a esperança”.


Mineradora Kinross ignora direitos de comunidades quilombolas afetadas pelo empresa


MPF/MG quer impedir votação da licença de projeto minerário em Paracatu
26/10/2011


Mineradora Kinross ignora direitos de comunidades quilombolas afetadas pelo empreendimento

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação cautelar para que a Justiça Federal em Paracatu (MG) suspenda a votação que o Conselho de Política Ambiental (COPAM) irá realizar para concessão da licença de operação (LO) de uma barragem de rejeitos do projeto de expansão minerária da empresa Kinross Brasil Mineração S/A. O objetivo do MPF é assegurar que a empresa cumpra todas as condicionantes socioambientais relativas a três comunidades quilombolas residentes no local do empreendimento.

A Kinross Brasil Mineração, que incorporou a antiga Rio Paracatu Mineração, é uma subsidiária da Kinross Gold Corporation, empresa global com sede no Canadá. Desde 2006, a Kinross trava uma batalha nos bastidores contra as comunidades quilombolas de Machadinho, Amaros e São Domingos.

Eu, ficha suja?



João Capiberibe*

Fui prefeito de Macapá (1989-1992) e governador do Amapá por dois mandatos (1995-2002). No período em que governei o estado, tive profundas divergências com o Legislativo e o Judiciário, sempre por questões orçamentárias. Essas divergências chegaram a provocar a manifestação corporativa de 23 dos 27 presidentes de Tribunais de Justiça do país que, reunidos em um congresso em São Luís do Maranhão (em 2001), assinaram uma nota me declarando “inimigo público” do Judiciário.

Mesmo tendo uma relação distante e, em alguns momentos, pouco amistosa com o Tribunal de Justiça do Amapá, nunca fui condenado, nem mesmo respondi a processo por improbidade administrativa ou criminal. Tampouco carrego qualquer pendência nos burocráticos Tribunais de Contas, do Estado ou da União.

Nas oportunidades em que a sociedade me confiou gerir seu dinheiro, eu o fiz com zelo e transparência. Por que então me custa tanto assumir um mandato de senador da República, conquistado democraticamente em 2010 em sufrágio universal?

Alguém pode se perguntar: mas se ele nunca foi condenado, por que então o TSE o enquadrou na Lei Ficha Limpa e lhe cassou o registro de candidato no dia 30 de setembro de 2010, a 48 horas da eleição?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Guia de boas maneiras na política. E no jornalismo


A obsessão da elite brasileira em tentar desqualificar Lula é quase patológica. E a compulsão por tentar aproveitar todos os momentos, inclusive dos mais dramáticos do ponto de vista pessoal, para fragilizá-lo, constrange quem tem um mínimo de bom senso.


A cultura de tentar ganhar no grito tem prevalecido sobre a boa educação e o senso de humanidade na política brasileira. E o alvo preferencial do “vale-tudo” é, em disparada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por algo mais do que uma mera coincidência, nunca antes na história desse país um senador havia ameaçado bater no presidente da República, na tribuna do Legislativo. Nunca se tratou tão desrespeitosamente um chefe de governo. Nunca questionou-se tanto o merecimento de um presidente – e Lula, além de eleito duas vezes pelo voto direto e secreto, foi o único a terminar o mandato com popularidade maior do que quando o iniciou. 

Críticas revelam preconceito contra ascensão de Lula, avalia pesquisadora

Dayanne Sousa
Terra Magazine

A notícia de que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva passará por um tratamento contra câncer na laringe no hospital Sírio Libanês foi recebida com protestos em redes sociais. Na internet, um grupo pede que o petista utilize hospitais públicos e o Sistema Único de Saúde (SUS). Para a pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) Sandra Regina Nunes, "as críticas se apoiam no fato de Lula ter sido analfabeto e se tornado presidente, de ele ter ascendido".

- Por que não se faz uma manifestação para que todo mundo use o SUS? A questão é menos de fidelidade com os ideais políticos e mais um preconceito. É como se questionassem: "Por que Lula tem que se tratar no Sírio Libanês? O lugar de onde ele veio não permite que isso aconteça" - questiona Sandra, membro do Laboratório de Estudos da Intolerância e professora de comunicação da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado).

Uma campanha no Facebook pedindo que Lula se trate no SUS já ganhou mais de 800 adeptos. Os internautas também se organizam para divulgar as críticas em sites de notícias. A rede de TV internacional CNN, por exemplo, publicou a informação sobre a doença do ex-presidente e recebeu uma série de comentários irônicos de brasileiros sobre o sistema de saúde nacional.

Leia a entrevista.

Câncer de Lula, preconceito e falta de informação

Por Elizângela Araújo*

Muitos conhecidos e até amigos meus têm compartilhado o que parece ser uma campanha cômica – porém sem graça – pelo tratamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Sistema Único de Sáude (SUS). Obviamente, têm sido contra-atacados por aqueles que têm grande apreço e identificação ideológica ou partidária com o ex-presidente. Como a maioria dos brasileiros já deve saber, Lula teve câncer na laringe diagnosticado no último sábado (29/10) e começou nesta segunda-feira (31/10) seu tratamento quimioterápico no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo-SP. A brincadeira tem um quê de estupidez e oportunismo e acirra novamente os ânimos do que parece ser dois grupos distintos de pessoas: os pró-Lula e os anti-Lula.

Eu, que até o momento me coloco fora desse terreno de paixões exacerbadas, de repente me vi tendo que pensar algo a respeito da cizânia. A primeira conjectura que me surgiu foi sobre o José Alencar, ex-vice-presidente morto em razão de um câncer no dia 29 de março deste ano, depois de lutar por mais de dez anos contra a doença, não ter sido alvo de uma “campanha” semelhante. Ou foi?