domingo, 21 de março de 2021


Ontem levou o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante, mas isso é muito pouco para um filmaço como esse. “Judas e o Messias Negro” é uma aula de como colocar na tela uma história baseada em fatos reais. O filme mostra um episódio que marcou a luta dos “Panteras Negras” contra a segregação racial nos EUA, quando o FBI infiltrou um negro na organização pra repassar informações que possibilitassem reprimir o movimento. O infiltrado acaba se aproximando e ganhando a confiança absoluta do líder do grupo em Chicago, Fred Hampton, interpretado de maneira impecável por Daniel Kaluuya que deve vencer também o Oscar de melhor ator coadjuvante, categoria que será uma das mais disputadas. O filme estava pronto pra ser lançado antes da temporada de festivais, mas numa estratégia que parece equivocada, a Warner só lançou o filme recentemente, a poucas semanas da cerimônia do Oscar. Se não fosse por isso, seria o favorito para levar a estatueta de melhor filme, mas ainda é muito provável que esteja na lista final de indicados. Se vai ganhar ou não, vai depender se a força da campanha nestas próximas semanas será suficiente pra superar os favoritos “Nomadland” e “Os 7 de Chicago”. Ainda falta assistir The Father, mas por enquanto considero “Judas e o Messias Negro” o melhor da temporada.

Obs: Conforme previsto, "Judas e o Messias Negro" foi indicado ao Oscar de melhor filme, roteiro original, melhor ator coadjuvante e melhor canção original.

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