segunda-feira, 24 de outubro de 2011

I feel good, ou “A mi, me gusta Cristina”

Do blog Tijolaço

O Globo chiou contra Dilma e Cristina Kirchner, dizendo que ambas eram beneficiárias de um tal “feel good factor”, ou a sensação de bem estar, como se fosse um crime abjeto um governante propiciar uma sensação de bem-estar e proteção a seu povo.

Hoje, reeleita Cristina Kirchner, a BBC publica uma matéria que lhes faria sentir, se tivessem coração,  uma dor profunda por tanta crueldade, por tanta indiferença por uma gente que quer pouco, tão pouco, para ser feliz. E que, ao contrário deles, que usam os governantes como produtos descartáveis – já santificaram Sarney, Collor e FHC, e só não o jogaram de todo fora porque ainda lhes serve como pavão -,  pessoas simples que amam aqueles que, finalmente, depois de décadas e séculos de exclusão, passaram a colocar o povão como  cidadão e a lhe dar, pelo menos, o direito de trabalhar e se sustentar honestamente.

Leiam que maravilha a história de D. Silvia Sosa, que nunca vai ser personagem do Clarín, a Globo de lá, mas é capaz de dizer muita coisa sobre economia aos estúpidos.

O voto de D. Silvia

A argentina Silvia Susana Sosa, de 50 anos, mãe de quatro filhos, disse que votou na presidente Cristina Kirchner porque quer a “continuidade” da gestão que começou em 2003 quando o ex-presidente Nestor Kirchner assumiu a Presidência.
Cristina foi reeleita na Argentina no domingo para mais um mandato de quatro anos.
“Com eles (os Kirchner) eu pude comprar um terreno para construir, pela primeira vez, uma casa para mim e para meus filhos. Eu tenho dois empregos. Trabalho numa casa de família e faço limpeza no hospital Rivadavia, aqui da capital”, disse Silvia.
Os filhos mais velhos, gêmeos de 23 anos, também votaram pela reeleição da presidente.
“Os dois também estão trabalhando e é por isso que votaram nela”, disse.
Ela afirmou que ficou desempregada na histórica crise de 2001 e 2002, pouco antes da posse de Kirchner.

“Na crise, meus patrões ficaram com o dinheiro preso no banco (numa espécie de congelamento dos depósitos) e não tinham como me pagar. Fiquei sem trabalho naquela época. Agora não”, disse.
Ela afirmou lamentar que a mãe, de 78 anos, tenha morrido antes da medida lançada pelo atual governo que incluiu na cobertura da previdência estatal aquelas pessoas que não trabalharam com carteira assinada.

“Já pensou, ela estaria muito feliz com esta medida social do governo”, diz.
Segundo Silvia, que é da província de Santiago del Estero, mas atualmente mora em Buenos Aires, ela, a mãe e os filhos quase passaram fome na crise de 2001.
“Ninguém queria assumir a Presidência porque o país estava quebrado. Mas veio o Kirchner, as coisas melhoraram e agora surgiram vários candidatos da oposição. Estava claro que iam perder”, disse.
Ela afirmou ainda que graças ao acesso ao crédito já comprou eletrodomésticos para a casa que está construindo.
E a inflação?

“Existe inflação sim. Mas ela é culpa dos empresários que aumentam os preços porque querem prejudicar o governo”, respondeu.

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