Às vezes é preciso relembrar mesmo o passado recente para avaliar a conjuntura política brasileira.
Vocês ainda se lembram de Dilma Rousseff, a guerrilheira?
Vocês ainda se lembram de Dilma Rousseff, o poste de Lula?
Vocês ainda se lembram de Dilma Rousseff, a mentirosa que encontrou Lina Vieira?
É só consultar as edições dos jornais de 2010 para ler os copiosos textos e análises definitivas sobre a incapacidade política de Lula e de sua “criatura”.
Bem, Dilma Rousseff venceu a eleição.
Sem corar de vergonha, os analistas que produziram os textos supra-citados passaram a pregar o rompimento entre Lula e Dilma.
As teorias são crescentemente sofisticadas.
Uma delas sugere que, ao combater a corrupção, Dilma estaria carimbando negativamente o governo anterior.
É uma teoria estúpida, já que Dilma foi um quadro importante do governo anterior.
Mas os jornais não só insistem na teoria, como “repercutem” as próprias besteiras que escrevem.
É a ficção 2.0, turbinada. Mentira sobre mentira, com a esperança de que a repetição tenha algum impacto na realidade.
A realidade é que, gostem ou não, Lula continua o principal personagem da política brasileira. Não só elegeu a sucessora, como pode voltar ao poder pelo voto, em 2018 (o único risco para Dilma em 2014 é a crise econômica atropelar o Brasil).
Peço a quem tiver tempo que consulte os arquivos e aponte, nos comentários, os copiosos exemplos de textos que falavam sobre o fracasso de Lula e de Dilma, a — na linguagem deles — “criatura” que até recentemente diziam ser um zero à esquerda.
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