Até agora, no entanto, a empresa parece não ter disposição de atender os pedidos da população que sofre com a poeira, com os danos às suas casas provocados pelas constantes explosões e com a omissão da empresa e da Prefeitura Municipal diante da dúvida quanto aos índices de contaminação do ar.
O movimento, liderado pela Central de Associações, está crescendo e já conta com o apoio de várias lideranças comunitárias e políticas da cidade. Para Jueli Cardoso, secretário de comunicação do PT municipal, o interesse maior nunca foi nem será fechar a empresa. No entanto, segundo ele “não podemos deixar de lutar ao lado do povo que está sofrendo com os desmandos. Pessoas pobres, tendo suas casas, sua saúde, seus filhos prejudicados pela intransigência dos dirigentes da empresa em julgar que estão certos.” Para ele é preciso “fortalecer essa luta e convencer a empresa a negociar reparos e benefícios maiores à população diretamente atingida e a toda população de Paracatu.
Numa crítica à atuação da Prefeitura ele cobra uma postura diferente do prefeito: “Devemos exigir da Prefeitura a obrigação de estar ao lado da população, ao contrário de ficar reivindicando migalhas de shows de Luan Santana e mendigando irrigação de estradas onde vão passar com cavalgadas particulares. Onde já se viu um prefeito agindo desta maneira?”Após dizer que é necessário uma postura firme para que Paracatu não fique apenas com o buraco e os problemas depois, Jueli alerta: “Se a empresa não negociar a comunidade está disposta a realizar uma paralisação da BR 040 como maneira de chamar atenção nacional para o problema.”
Juelí reforça: “Queremos o resultado urgente dos levantamentos epidemiológicos da população para saber se existe contaminação devido à mineração.”
Como se vê, o movimento está se fortalecendo porque a cidade não suporta mais a poeira, o descaso e as dúvidas sobre os riscos, a que toda a população está submetida.
Companheir@s,
ResponderExcluirNesta luta contra as mazelas desta empresa e, inclusive, fazer uma paralisação da BR 040, podem ter certeza que a Cáritas Diocesana de Paracatu estará apoiando e participando. Um Plano EPIDEMIOLÓGICO já foi cobrado pela Cáritas quando esta atuou no Projeto Fortalecimento da Participação da Sociedade Civil no Plano de Desenvolvimento Sustentável que, pelo qual, desencadeou uma audiência com o Dr. Marcelo Mafra em Patos de Minas, mas nada caminhou neste sentido.
João Paulo da Silva Couto
Cáritas Diocesana de Paracatu