Às 08h15 da manhã do dia 6 de agosto de 1945, os EUA lançaram a primeira bomba atômica sobre o Japão, na cidade de Hiroshima. Esta bomba havia sido batizada de “Little Boy”, revelando uma ironia sádica e cruel. A maldade, característica que acompanha todas as guerras promovidas por aquele país ao longo da história, iria se repetir no dia 09 do mesmo mês, na cidade de Nagasaki. O poder devastador da bomba exterminou milhares de homens, mulheres, crianças e idosos. Seus efeitos continuam sendo sentidos até hoje. Veja abaixo trechos da nota divulgada pela presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes:
...."A primeira bomba era de urânio-235, a outra de plutônio-239. Ficou evidente que os Estados Unidos, sob o mando do então presidente Harry Truman e orientação científica de Robert Opppenheimer, queriam testar os dois petardos altamente letais e escolherem populações civis japonesas como cobaias de seus experimentos sanguinários. Mais de 200 mil pessoas morreram. A metade deles nos mesmos instantes em que as bombas explodiram, em dois massacres nunca antes sequer imaginados.
Segundo relatos de historiadores de diversas nacionalidades, a enorme carnificina não pararia ali. Outras bombas seriam lançadas ainda em agosto e nos dois meses seguintes, conforme revela a tenebrosa agenda do governo dos Estados Unidos. A interferência da antiga União Soviética, pela via diplomática, levou o Japão a se render com dignidade e evitou uma catástrofe que talvez ninguém de nós estivesse vivo para protestar nesse momento de dor.
As potências imperialistas, especialmente os Estados Unidos e outros membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) têm aumentado seus investimentos na corrida armamentista. São 850 bases militares espalhadas pelo mundo, muitas das quais escondem armas nucleares e químicas, numa constante ameaça a toda a Humanidade. A permanência de tropas estrangeiras em países como Iraque e Afeganistão e as agressões contra a Líbia, Síria e outros países do Oriente Médio e da África são ações que não podemos mais tolerar.
Com grande pesar, neste momento de solidariedade global, o Conselho Mundial da Paz exige o imediato desmantelamento das armas nucleares, estejam elas onde estiverem. Calcula-se que hoje existam cerca de 23 mil ogivas nucleares apontadas para todas as partes do mundo, uma ameaça inaceitável. Estaremos, assim, cumprindo o que determina a resolução da Organização das Nações Unidas de janeiro de 1946, que determina o fim das armas nucleares, mas que não é cumprida."
E pra terminar, uma música que precisa ser lembrada neste dia:
Rosa de Hiroshima
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