Pois bem, neste domingo (24/07/2011), foi possível registrar uma cena preocupante, que pode desmentir o argumento da empresa. De uma rua da Vila Mariana, moradores puderam observar toda a poeira proveniente da mina. A quantidade de poeira que invadia a cidade era algo inacreditável. E o pior é que a população ainda não sabe qual o índice de arsênio, substância cancerígena, está contido nesta poeira.
É comum se ouvir comentários que revelam a desconfiança de grande parte da comunidade quanto a relação entre os altos índices de câncer e a exploração do ouro em uma mina localizada praticamente dentro da cidade.
Mesmo se considerarmos que esta relação não existe, o grande volume de poeira que a empresa joga nas nossas cabeças diariamente já pode estar provocando sérios problemas respiratórios.
Basta procurar um médico, tanto no serviço público como no privado, e tentar marcar uma consulta, para perceber como os consultórios estão lotados. E não adianta justificar, culpando o inverno e a baixa umidade pelos problemas de saúde. Esta é uma realidade que pode ser observada durante todo o ano, em qualquer estação os problemas respiratórios da população são facilmente perceptíveis.
Mas porque as autoridades da cidade não procuram realizar testes que possam responder a estas dúvidas? Que tipo de relacionamento têm com a empresa, que os levam a aceitar passivamente tudo o que ela declara? Porque se satisfazem com as migalhas jogadas pelos canadenses, enquanto toda a riqueza do nosso subsolo está sendo levada embora?
Reação popular
Felizmente, diante da inércia daqueles que comandam o município, a população começa a se mover.
Um movimento recém articulado pela Central de Associações tem procurado questionar e provocar o debate sobre os danos que a empresa tem provocado no município. Este movimento tem o mérito de ocupar um espaço que o Movimento Verde de Paracatu não tem demonstrado interesse em ocupar.
Mas as respostas para tantas dúvidas não podem demorar. Muito tempo já passou e um grito de socorro parece, finalmente, pronto pra sair.
Reagimos agora ou, como disse o ex-vice-prefeito Udelton da Paixão, podemos nos deparar rapidamente com o pior que está por vir.
Realmente é um absurdo o que esta empresa vem fazendo com Paracatu. Enquanto organização sócio-religiosa, não podemos ficar calados, como é proferido na letra do Pai Nosso dos Mártires, "perdoa-nos quando por medo ficamos calados diante da morte". Precisamos, cada vez mais, cumprir com a nossa Missão de anunciar e denunciar, pois, existem muitas pessoas se beneficiando desta catástrofe e sufocando a vez e a voz de muitos pobres desta terra.
ResponderExcluirParabéns ao BLOG pela seriedade e coragem em denunciar.
João Paulo da S. Couto
Integrante da equipe da Cáritas Diocesana de Paracatu
Que absurdo, estamos sendo consumidos. Arrumei uma alergia no olho, que nenhum médico descobre o que é...
ResponderExcluirÉ isso aí , meu caro Zé Geraldo!!!! Vamos mostrar pra todos.... E olha que estamos nas "barbas" da dona Dilma e ninguém faz nada!!!!!
ResponderExcluirZé, acho que passou da hora de, ao invés de apenas criticar a mina, cobrar de TODAS as autoridades, um estudo sério sobre isso. É fundamental tirar a espada da cabeça e esclarecer: afinal a mina provoca câncer? O nível de poeira é maior hj do que antes da mina? A mina não respeita a legislação ambiental? O que não dá é ver a população aterrorizada e os homens públicos da nossa cidade arrotando um discurso vazio que, ora ecoa o terrorismo dos que querem extorquir a mineradora, ora ecoa o discurso oficial da mineradora que esfrega na cara da população uns míseros benefícios. É hora de cobrar de quem pode esclarecer: PREFEITO, VEREADORES, DEPUTADOS ESTADUAIS E FEDERAIS que usufruem dos votos do povo paracatuense. CHEGA DE ESPECULAÇÃO! É hora da verdade e da paz para o povo de Paracatu. Senhores homens públicos, honrem os votos que receberam
ResponderExcluirÈ inadimissivel continuarmos com essa situação, a empresa pode e gera lucros pra cidade, mas a que custo? Esta na hora de levarmos as desconfianças dos cidadãos paracatuenses sobre a verdade da contaminação ou não da RPM a cidade.
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