quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Os indícios e o pau que dá em Chico

 


Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação

As eleições que estão em curso entre nós permitem diversas análises e, para usar a palavra da moda, fornecem indícios bastante significativos. O primeiro deles parte das expectativas dos direitistas de plantão de que o julgamento do “mensalão" – estrategicamente colocado, com requintes cirúrgicos, no meio do processo eleitoral – levaria à derrocada das forças políticas de esquerda, convenientemente confundidas com a corrupção. Afinal, há robustos indícios de que os elitistas de sempre, com uma mãozinha do STF, tenham imaginado pôr fim a tantos projetos de inclusão social, com tanta gente saindo da pobreza, tantas pessoas comendo e estudando mais e (pasmem !) até poluindo os aeroportos do país...
 
Mas as urnas acabaram fornecendo outros indícios. Um deles: o de que o povo brasileiro parece estar aprendendo a ler nas entrelinhas e não aceita as falsas generalizações que buscam fabricar uma verdade conveniente. Com toda a propaganda antigovernista que o “mensalão” permitiu – em fragrante agressão ao rigor que usualmente cerca o período eleitoral – amplificada por uma mídia comprometida que controla a comunicação no país, o resultado das eleições mostra que os programas das esquerdas, uma vez mais, obtiveram a aprovação popular. O partido com maior número de votos foi o da Presidenta Dilma e o do ex-Presidente Lula, os partidos que mais perderam foram, até aqui, as agremiações neoliberais de direita, sendo que o DEM, em breve, ao tudo indica – vai despedir-se do cenário político, sem pompas e circunstâncias...

Todo o processo eleitoral deixou, assim, claros indícios de manipulação por parte dos órgãos de comunicação (esses, que vivem às custas de concessões governamentais e gordíssimas verbas de propaganda oficial que, um dia, esperamos, venham a ser extintas ou destinadas aos interesses do povo). A pauta da mídia hegemônica, capitaneada por segmentos da elite e alicerçada em comprometidos analistas políticos, esmerou-se em estabelecer a ideia de que , nas eleições, se estaria julgando Lula e, por tabela, o governo Dilma. Agora, como os resultados não foram os esperados, levantam a tese de que eleições municipais não se vinculam ao cenário federal, constituindo apenas uma radiografia de situações regionais específicas. É engraçado verificar as contradições malandras nessa teses todas, porque é nítida a atual intenção de glorificar nacionalmente o tucano Aécio e o político pernambucano Eduardo Campos, até apelidado de “noiva da vez” por essa imprensa traiçoeira.”
Artigo Completo, ::AQUI::

Nenhum comentário:

Postar um comentário