segunda-feira, 25 de junho de 2012

Os golpes e choques de Aécio

Os golpes e choques de Aécio

Minas sem Censura

Primeiro choque/golpe
 O blá-blá-blá semanal de Aécio Neves tem como mote a crise internacional e seus efeitos sobre a economia brasileira. O texto leva o título “(Des) Confiança” - FSP, 25/06/2012.

Citando estatísticas empresariais, Aécio descobre que há uma gigantesca crise econômica no mundo. E, apoiando-se na desconfiança do empresariado, ele confia que Dilma subestime tal crise. Ou seja, ele não critica os fundamentos da crise mundial.

E sua analítica rasa indica a novidade: é preciso baixar impostos e desonerar a carga previdenciária que recai sobre nossos capitães da indústria. Logo, nada de novo no discurso tucano.

Como alternativa presidenciável do PSDB, ele toma cuidado e não polemiza diretamente com a solução que é tentada no Brasil, desde Lula: enfrenta-se a crise apostando-se no crescimento.

Para o senador eleitoralmente radicado em Minas, mas – de fato – comensal em Paris, a receita é antiga: cortar gastos públicos com saúde, educação e segurança; baixar impostos, aumentando a margem de lucro dos empresários, para que estes gerem mais empregos (sic).

Para a maioria do povo, isso significa desemprego, arrocho salarial, queda na quantidade e na qualidade dos serviços públicos e ataque a direitos previdenciários.
Defensor de choques e golpes, é isso que ele propõe para enfrentar a crise.

Enfim, ele quer que Dilma aplique o receituário da recessão, que ela se desgaste com a população e que ele, com isso, ganhe a eleição. A rima pobre é coerente com a miséria intelectual e moral de seu raciocínio.

Como o espaço que o jornal paulista lhe destina é muito grande e ele não tem muito o que dizer, sua conclusão vem na forma de vaticínios toscos:

“Já passou a hora de percebermos que o presente e o futuro são faces indissociáveis da mesma moeda.”

CEJURA, Aécio?

“O país que seremos é o que estamos construindo. Vencer a crise que se agrava - e não perder outras oportunidades de desenvolvimento - requer reconhecer os problemas e enfrentá-los com realismo e coragem. Aqui e agora.”

Que horror!
Segundo golpe/choque
 
Até Aécio sabe que houve um acontecimento controvertido no Paraguai: a destituição do presidente Lugo, pelo congresso daquele país, por motivo de "mau desempenho de suas funções". Pretexto que teria derrubado FHC umas 10 vezes. Governos da Colômbia, Chile, Uruguai, Argentina, Bolívia, Equador, Venezuela e o do Brasil condenaram o rito sumário. A OEA também.
 
E o nosso pretendente à presidência da República Federativa do Brasil fica em silêncio. Ele, os "democratas" do DEM e do PPS não botaram reparo no golpe.
 
O silêncio dessa gente é esclarecedor. Enfrentando um governo com altos índices de aprovação e sendo uma oposição sem projeto, tucanos e tucanóides flertaram com o golpe no país vizinho. E sonham com esse atalho para alcançar seus objetivos.
Lembremo-nos: Aécio é chegado num choque! Por que não ser beneficiário de um golpe?

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