Jorge Vianna
Em 1º de janeiro de 2013, o PT completa dez anos no governo federal. Em uma década, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou o Brasil e a vida do nosso povo. Para melhor. Deixaram a pobreza mais de 40 milhões de brasileiros. A classe C saltou de 26,7% da população para 50%. A dívida externa caiu de US$ 165 bilhões para US$ 79,1 bilhões. A economia se expandiu e o bem-estar das pessoas virou conquista de todos.
O reconhecimento não é apenas de nós, petistas. Mas da imensa maioria da população brasileira, incluindo de governantes de várias nações, mundo afora. O PT conquistou a Presidência com Lula, o povo o reelegeu quatro anos depois e Dilma Rousseff continua seu legado depois de ganhar o Palácio do Planalto em 2010. O Brasil tem hoje respeito e uma nova dimensão política na arena internacional. Hoje, o país disputa o mundo.
Em outubro de 2002, Lula era eleito presidente da República. Num momento raro da política brasileira, um homem do povo chegava ao posto máximo da Nação. Um nordestino, vindo de Garanhuns, em Pernambuco, que saiu da miséria e da condição de retirante, quebrava um tabu e era eleito pela maioria do povo para comandar os destinos da Nação.
Um homem de origem popular, que encarou a ditadura e foi preso, fundou um partido para alcançar, em pouco mais de 30 anos, a Presidência com quase 53 milhões de votos. É um dos maiores líderes políticos dos nossos tempos.
Nesses dez anos, Lula mostrou-se o democrata que nasceu com a marca do nosso povo. Governou para todos. No melhor da tradição da esquerda brasileira, colocou a maioria como centro das políticas públicas de seu governo. Incomodou a muitos. É que, mesmo tendo governado para todos, parte da elite brasileira não tolera Lula e o PT.
Ao longo de seu governo, Lula passou por uma das mais sórdidas campanhas políticas movidas pelo ressentimento. Foi vítima de xingamentos pessoais e agressões verborrágicas dignas apenas de Carlos Lacerda. Assim como Getúlio Vargas e Juscelino Kubistschek, Lula é alvo permanente dos conservadores.
Nos oito anos que esteve à frente da Presidência, ele foi chamado dos piores nomes. Ainda assim, não o derrotaram. Apesar das tentativas de desmoralizá-lo, o povo o apoia e reconhece nele os traços do líder em quem o país confia. Lula deixou a Presidência em 2010 com mais de 80% de popularidade. Um dos homens mais respeitados do mundo. O presidente Barack Obama chegou a tratá-lo de “o cara”.
A guerra sem fim continua mesmo agora. Essa elite conservadora e ambiciosa não aceita que o presidente Lula seja um ótimo ex-presidente. Continua a atacá-lo mesmo ele fora do Palácio do Planalto. Sem provas, publicam-se mentiras. Sem honra, recorre-se a condenados. Acusações são lançadas com o mero pretexto de desconstruir Lula. Não adianta. Por mais que tentem, não conseguirão destruir sua imagem.
Como mostra a última pesquisa Datafolha, o reconhecimento ao nosso projeto político pela população coloca Lula com 56% da preferência do eleitorado, se a eleição para presidente da República fosse hoje. Em outro cenário em que o PT tem Dilma Rousseff como candidata, a preferência popular permanece. Ela lidera a disputa entre 53% e 57%, dependendo de quem são os outros candidatos.
Com Dilma ou Lula, o PT conquistaria a Presidência hoje no primeiro turno das eleições. A fragilidade da oposição é tamanha que o segundo lugar nessa corrida pelo Planalto é ocupado pela ex-senadora Marina Silva, que teria 18% dos votos.
A oposição está há dez anos fora do poder. Pelo que revelam essas pesquisas de opinião pública, provavelmente permanecerá longe do governo central na próxima eleição. Por isso mesmo, o PT e o governo precisam estar vigilantes para manter os rumos das políticas econômicas e sociais, sem distanciar-se dos princípios que nos levaram ao poder. É preciso continuar governando para todos.
No Acre, o PT está no governo há 14 anos. Ao longo desse tempo, vimos repactuando compromissos históricos, renovando quadros e garantindo a aplicação de políticas públicas destinadas à maioria do povo. Há quem lembre o ditado de que o tempo é um aliado poderoso para transformar a realidade. Mas é preciso lembrar também que o tempo impõe inovação e renovação. Este é o desafio que o PT e nosso governo têm pela frente.
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