Apresentador da Rede Globo foi detido pela blitz da Lei Seca na Avenida Niemeyer, na madrugada deste domingo; recusa ao bafômetro provocou apreensão da CNH, multa de R$ 957,70 e perda de sete pontos; o infrator Huck foi o primeiro a defender homicídio ao volante praticado por herdeiro bilionário Thor Batista
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247 – Oops! Essa foi mal. Com seu jeito de garotão, o apresentador Luciano Huck pode nem ficar vermelho, mas o certo é, na madrugada deste domingo 2, no Rio de Janeiro, ele perdeu a pose diante da blitz da Lei Seca instalada na avenida Niemeyer. E também a carteira de habilitação, sete pontos e mais R$ 957, 70 como multa. Huck se recusou a fazer o teste do bafômetro e, por isso, sofreu as sanções legais.
Passou a engrossar as estatísticas de motoristas abordados pela iniciativa que procura disciplinar e pacificar o trânsito.
Para Huck, especialmente, a recusa a fazer o teste do bafômetro é emblemática. No acidente automobilístico mais noticiado do ano, no qual o herdeiro bilionário Thor Batista atropelou e matou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, auxiliar de caminhoneiro, Huck foi a primeiro a sair em defesa do motorista atropelador.
A Operação Lei Seca foi lançada em março de 2009, pela Secretaria de Estado de Governo do Rio de Janeiro. Desde então, até a madrugada deste domingo, 966.789 motoristas foram abordados, 185.126 foram multados, 39.459 veículos foram rebocados e 79.607 motoristas tiveram a carteira recolhida.
Abaixo, texto publiado por 247 sobre os tuítes de Huck em favor de Thor Batista:
247 - O apresentador Luciano Huck é um dos representantes do poder no Brasil. Garoto propaganda de diversas marcas, o "bom moço" da Rede Globo sempre emprestará seu prestígio ao poder. Com Eike Batista, não poderia ser diferente. Ele acaba de postar no Twitter que o acidente envolvendo Thor Batista, filho do bilionário, e o ciclista Wanderson Pereira dos Santos foi uma "fatalidade". Isso porque Thor não teria bebido e também prestado socorro.
Huck, evidentemente, não estava lá para julgar. Não viu o que aconteceu. Não testemunhou o atropelamento. Portanto, não tem elementos para assegurar que foi uma fatalidade. Eis algumas questões que o representante do bom-mocismo ignora:
- e se o carro, que não foi periciado, estivesse acima da velocidade permitida?
- e se o ciclista tiver sido atropelado no acostamento, como afirma uma testemunha?
- fosse outro o motorista, seria liberado antes de ir à delegacia?
Para julgar, Huck, seja para condenar ou inocentar, é preciso antes ter informações. Afinal, do outro lado, também havia uma pessoa. Não um bilionário, mas um brasileiro comum, como muitos daqueles que são ajudados nos seus programas e que alimentam sua fama de bom rapaz.
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