Por
Altamiro Borges
O Ministério Público e a Polícia Federal decidiram arquivar
as investigações sobre as suspeitas de tráfico de influência nos negócios de
Fabio Luis, filho mais velho do ex-presidente Lula. O inquérito durou longos
sete anos e os dois órgãos concluíram que não houve nada de irregular nas
atividades empresarias dele na firma Gamecorp. A decisão pelo arquivamento foi
proferida pelo Ministério Público Federal. Para o procurador Marcus Goulart,
todas as acusações contra Fabio Luis “são absolutamente insuficientes” e
“infundadas”.
As primeiras acusações contra o
filho do ex-presidente Lula foram feitas pela revista Veja – o que não é de se
estranhar. No clima da eleição presidencial de 2006, a publicação fascistóide da
famiglia Civita deu uma capa espalhafatosa contra “O ‘Ronaldinho’ do Lula”,
insinuando que ele seria um “fenômeno” no mundo dos negócios. Na sequência, o
que também não causa surpresa, jornalões e emissoras de tevê repercutiram as
denúncias e a oposição demotucana seguiu a trilha aberta pela Veja para acusar o
ex-presidente.
Concluída a investigação do MPF e da PF, como fica a
revista Veja? A Justiça vai continuar protegendo a publicação do Grupo Abril?
Ela pode acusar sem provas, de maneira leviana e criminosa? A “presunção de
inocência” foi retirada da Constituição Federal? A famiglia Civita está acima
das leis e do Estado de Direito?
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