Editorial do sítio Vermelho:
A nova campanha, iniciada pelo panfleto direitista da família Civita, a
revista Veja, e ampliada pela imprensa conservadora, em torno das alegadas
“novas revelações” que o empresário Marcos Valério poderia fazer em torno do
chamado “mensalão”, tem um forte cheiro de armação.
Quem se beneficia com essa campanha de maledicências? De um lado, Marcos Valério, que pretende barganhar tais novas, e bombásticas, revelações, beneficiando-se, de maneira imprópria e ilegal, pelo programa de proteção a testemunhas e tentando um acordo de delação premiada. Ora, Valério não é testemunha, mas réu, afirmou um famoso advogado criminalista, não cabendo a ele o benefício de um programa voltado a testemunhas. Valério pretenderia também reduzir a pena a que já foi condenado no processo em curso no STF (mais de 40 anos de prisão) ou mesmo a mudança do regime de sua execução, de fechado para semiaberto.
De outro lado, a mídia golpista e os setores conservadores, descontentes com os desdobramentos do processo do “mensalão”, mal escondem o desejo de tumultuar o processo em curso no STF e dar uma sobrevida ao ataque contra as forças democráticas e progressistas e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A campanha começou com a edição da revista da Editora Abril que chegou às bancas no dia 15 de setembro que, baseada em declarações de terceiros (embora tenham sido apresentadas pela revista como sendo de autoria de Marcos Valério), tentou envolver o nome de Lula no julgamento em curso no STF apontando-o como o “chefe” do alegado esquema de corrupção.
Se esperavam que tivesse um reflexo direto na eleição municipal, sobretudo na eleição paulistana, onde a derrota do arquicardeal tucano José Serra desenhava-se como inevitável, fracassaram fragorosamente.
Daí, com certeza, a volta ao ataque, pelos mesmos jornais conservadores e pela revista abriliana, na edição que circula esta semana. Com a pretensão de reabrir a investigação dos fatos em julgamento pelo STF envolvendo o nome do ex-presidente Lula e tentando agravar a acusação com insinuações de “revelações” levianas e absurdas envolvendo inclusive as circunstâncias do assassinato do prefeito Celso Daniel, em 2002.
A chance desta nova tentativa de escandalizar o processo do chamado “mensalão” ter êxito parece pequena. Há notícias de declarações de ministros do STF e de procuradores do Ministério Público que minimizam esse noticiário, desconfiam de seus motivos, e chegam mesmo a sugerir que ele pode tumultuar o fim do julgamento da ação penal 470.
É paradoxal que este risco de tumulto, nos últimos dias do julgamento, tenha origem justamente nas páginas da mesma imprensa conservadora que insistiu no julgamento político dos acusados pelo chamado “mensalão” mas que, ante a pequena repercussão popular (e eleitoral) de seus resultados, volta à carga numa clara tentativa de prejudicar a esquerda, os partidos da base do governo e o próprio Lula.
Se o julgamento do chamado “mensalão” mirou, infrutiferamente, a eleição municipal de 2012, os olhares da direita e da mídia conservadora voltam-se agora para 2014 e 2018, quando estarão em jogo a presidência da República, governos estaduais e mandatos legislativos. A eleição deste ano revelou um claro declínio eleitoral dos conservadores e uma tendência à esquerda, progressista e democrática, no eleitorado.
A direita mal esconde seus temores na avaliação que fazem dos resultados da última eleição. Estão preparando a "tomada do Palácio de Inverno", disse em um debate pela internet um notório, e raivoso, comentarista da direita, comparando as vitórias eleitorais progressistas no Brasil à tomada revolucionária do poder pelos bolcheviques, na Rússia, em 1917.
Daí, com certeza, o esforço da mídia golpista para tentar inviabilizar que Lula volte a ser, outra vez, a grande estrela e o grande eleitor de eleições futuras. A direita vem tentando isso desde 2005 quando, no escândalo do chamado “mensalão”, tentou obter do presidente da República o compromisso de que não se candidataria à reeleição, oferecendo a ele, em troca, um alívio nas pressões feitas no Congresso Nacional e através da mídia golpista.
Não deu certo naquela época; Lula foi vitorioso na disputa pela reeleição, vitória repetida em 2010 com a eleição de Dilma Rousseff. Há um caminho atapetado para as forças progressistas, democráticas e populares, rumo a 2014 e mesmo 2018, e este é o fantasma que assombra a direita e a mídia golpista.
Quem se beneficia com essa campanha de maledicências? De um lado, Marcos Valério, que pretende barganhar tais novas, e bombásticas, revelações, beneficiando-se, de maneira imprópria e ilegal, pelo programa de proteção a testemunhas e tentando um acordo de delação premiada. Ora, Valério não é testemunha, mas réu, afirmou um famoso advogado criminalista, não cabendo a ele o benefício de um programa voltado a testemunhas. Valério pretenderia também reduzir a pena a que já foi condenado no processo em curso no STF (mais de 40 anos de prisão) ou mesmo a mudança do regime de sua execução, de fechado para semiaberto.
De outro lado, a mídia golpista e os setores conservadores, descontentes com os desdobramentos do processo do “mensalão”, mal escondem o desejo de tumultuar o processo em curso no STF e dar uma sobrevida ao ataque contra as forças democráticas e progressistas e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A campanha começou com a edição da revista da Editora Abril que chegou às bancas no dia 15 de setembro que, baseada em declarações de terceiros (embora tenham sido apresentadas pela revista como sendo de autoria de Marcos Valério), tentou envolver o nome de Lula no julgamento em curso no STF apontando-o como o “chefe” do alegado esquema de corrupção.
Se esperavam que tivesse um reflexo direto na eleição municipal, sobretudo na eleição paulistana, onde a derrota do arquicardeal tucano José Serra desenhava-se como inevitável, fracassaram fragorosamente.
Daí, com certeza, a volta ao ataque, pelos mesmos jornais conservadores e pela revista abriliana, na edição que circula esta semana. Com a pretensão de reabrir a investigação dos fatos em julgamento pelo STF envolvendo o nome do ex-presidente Lula e tentando agravar a acusação com insinuações de “revelações” levianas e absurdas envolvendo inclusive as circunstâncias do assassinato do prefeito Celso Daniel, em 2002.
A chance desta nova tentativa de escandalizar o processo do chamado “mensalão” ter êxito parece pequena. Há notícias de declarações de ministros do STF e de procuradores do Ministério Público que minimizam esse noticiário, desconfiam de seus motivos, e chegam mesmo a sugerir que ele pode tumultuar o fim do julgamento da ação penal 470.
É paradoxal que este risco de tumulto, nos últimos dias do julgamento, tenha origem justamente nas páginas da mesma imprensa conservadora que insistiu no julgamento político dos acusados pelo chamado “mensalão” mas que, ante a pequena repercussão popular (e eleitoral) de seus resultados, volta à carga numa clara tentativa de prejudicar a esquerda, os partidos da base do governo e o próprio Lula.
Se o julgamento do chamado “mensalão” mirou, infrutiferamente, a eleição municipal de 2012, os olhares da direita e da mídia conservadora voltam-se agora para 2014 e 2018, quando estarão em jogo a presidência da República, governos estaduais e mandatos legislativos. A eleição deste ano revelou um claro declínio eleitoral dos conservadores e uma tendência à esquerda, progressista e democrática, no eleitorado.
A direita mal esconde seus temores na avaliação que fazem dos resultados da última eleição. Estão preparando a "tomada do Palácio de Inverno", disse em um debate pela internet um notório, e raivoso, comentarista da direita, comparando as vitórias eleitorais progressistas no Brasil à tomada revolucionária do poder pelos bolcheviques, na Rússia, em 1917.
Daí, com certeza, o esforço da mídia golpista para tentar inviabilizar que Lula volte a ser, outra vez, a grande estrela e o grande eleitor de eleições futuras. A direita vem tentando isso desde 2005 quando, no escândalo do chamado “mensalão”, tentou obter do presidente da República o compromisso de que não se candidataria à reeleição, oferecendo a ele, em troca, um alívio nas pressões feitas no Congresso Nacional e através da mídia golpista.
Não deu certo naquela época; Lula foi vitorioso na disputa pela reeleição, vitória repetida em 2010 com a eleição de Dilma Rousseff. Há um caminho atapetado para as forças progressistas, democráticas e populares, rumo a 2014 e mesmo 2018, e este é o fantasma que assombra a direita e a mídia golpista.
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