Hussain Aref Saab construiu um patrimônio de R$ 50 milhões em sete anos
Do R7
Reprodução
Serra negou que tenha nomeado Saab, mas o Diário Oficial diz o contrário
“Serra o transformou no responsável pela liberação de qualquer área construída acima de 500 m² na cidade”, diz a revista. “Desde então, o MP e a Corregedoria passaram a colecionar denúncias de cobrança de propina por funcionários da pasta comandada por Aref”.
De 2005 até julho de 2008, ele registrou 58 imóveis em seu nome, “como seis apartamentos em um prédio com vista para o Parque do Ibirapuera, o maior de São Paulo, imóveis orçados em R$ 4 milhões cada”.
O suposto líder da máfia também constituiu a SB4 Patrimonial, uma empresa que conta como sócios a mulher e dois filhos, “na qual registrou outros 46 imóveis”.
Já a CGP (Corregedoria-Geral do Município) identificou 106 imóveis (apartamentos, casas, terrenos, salas comerciais e vagas de garagem) em seu nome.
Apesar das evidências, Serra negou na quarta-feira (16) ao jornal Folha de S. Paulo ter nomeado Aref. "Nunca nomeei ninguém, pois prefeito não nomeia terceiro escalão numa secretaria", disse ao jornal.
O Ministério Público, afirma a revista, diz que Serra também nomeou outro “possível beneficiário do esquema”: o secretário especial de Controle Urbano da prefeitura, Orlando de Almeida Filho, corretor de imóveis, ex-presidente do Creci (Conselho dos Corretores de Imóveis) e ex-conselheiro do Secovi, sindicato do setor imobiliário em São Paulo.
“Em 2005, José Serra o nomeou secretário de Habitação e ele passou a chefiar Aref. Para os procuradores, Orlando de Almeida tinha conhecimento das irregularidades nos processos de anistias”, diz a reportagem.
Kassab
De acordo com o texto, Serra o nomeou, mas foi o atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), quem o ajudou a ganhar poder.
“Trata-se de um funcionário público que ascendeu na administração municipal pelas mãos do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), e que chegou ao ponto alto da carreira nomeado pelo ex-governador e ex-prefeito José Serra (PSDB)”.
A matéria sobre o assunto na edição de hoje da revista Veja São Paulo começa contando como o prefeito recebeu uma carta anônima “recheada de denúncias” no dia 29 de fevereiro deste ano.
“Ela [a carta] dizia ter a pretensão de ‘desmontar o gigantesco e nefasto esquema de corrupção existente na Secretaria de Habitação’”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário