Os últimos dez anos foram marcados por desafios e conquistas para o povo brasileiro. Alguns paradigmas importantes foram rompidos, como a falsa ideia
de que era preciso fazer o bolo da economia crescer pra depois distribuir.
O
Presidente Lula, no seu governo, promoveu a maior distribuição de renda da
história do país com poderosos programas de inclusão social como o Bolsa
Família, o ProUni, o Luz pra Todos, o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos),
o impressionante fortalecimento do Pronaf, o Enem, o Sisu, os IFETS (Paracatu
ganhou o seu), e um revolucionário processo de interiorização das Universidades
Públicas, com a criação de dezenas de campus pelo país afora. Sem contar a
redução do desemprego a níveis recordes, inclusive com um ambiente inédito de pleno emprego no país.
Depois veio o governo Dilma e com
a coragem que sempre marcou sua vida enfrentou os banqueiros e os especuladores
internacionais, promovendo uma quase inacreditável redução na taxa de juros e
nos spreads bancários, bem como uma inédita redução na conta de luz dos brasileiros. Além disso, aprofundou o combate à miséria com a criação
do Brasil Carinhoso que já tirou da pobreza extrema cerca de 16 milhões de
brasileiros e promete erradicar a miséria até o final do mandato.
Mas 2014 está chegando e com ele
mais um julgamento popular de tudo o que foi feito, de certo e de errado. E
esse é o julgamento que de fato importa.
Felizmente, o cenário que está se
desenhando indica que a verdadeira revolução iniciada pelo Presidente Lula irá
continuar.
Dentre os 4 principais pré-candidatos
a presidência em 2014, três são cria do chamado ciclo do Lulismo.
A favorita, Dilma, foi escolhida
por ele para conduzir a segunda fase do novo projeto de país e já demonstrou do
que é capaz.
A segunda colocada nas pesquisas,
Marina Silva, foi ministra do governo Lula durante sete, dos oito anos em que o
operário conduziu os destinos do Brasil. Fundadora do PT, ela defendeu o
governo com veemência em todos os momentos difíceis, inclusive no chamado
“mensalão”. Só saiu do partido, cinco anos depois das denúncias, porque não
havia espaço pra suas pretensões e tinha algumas diferenças, pessoais e
políticas insuperáveis, com a então Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Entretanto, já na campanha de
2010, quando provocada por um jornalista da grande imprensa a criticar Lula,
fez a mais enfática defesa do ex-presidente que já vi. Ela havia dito que saia
candidata porque se propunha a ser uma mantenedora de utopias. O jornalista
então a perguntou se Lula não era mais um mantenedor de utopias. Ela então
respondeu que agora ele era um realizador de utopias, promovendo a inclusão
social de milhões de brasileiros.
Outro grande nome da próxima
disputa presidencial pode ser o atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
que foi um dos mais leais aliados de Lula. Competente em capitalizar todo o
apoio do Governo Federal nos últimos dez anos, Campos procura se credenciar
para assumir o comando numa terceira fase desse novo projeto político.
A força desses três candidatos
demonstra duas coisas: primeiro que não há espaço para a oposição comandada
pela aliança PSDB/mídia, explicando assim o motivo da debilidade da candidatura
do senador mineiro e playboy “carioca” Aécio Neves. Segundo, prova a força do
Lulismo ao criar dentro de suas próprias entranhas alternativas competitivas
para o poder.
Portanto, considero que a próxima
eleição será uma disputa de quem é o melhor nome pra continuar o projeto
iniciado por Lula, já que a oposição não demonstra vitalidade suficiente pra
enfrentar os três candidatos afinados com o que se fez na última década.
Assim, apesar de defender a reeleição
da Presidenta Dilma com veemência, não vejo a Marina Silva e o Eduardo Campos como
simples inimigos a serem batidos. Vejo como alternativas, em certa medida,
alinhadas com as mudanças iniciadas pelo Presidente Lula. E como tal, devem ser
respeitados e inclusive considerados como alternativas futuras, mesmo que sejam
adversários em 2014.
Se por um lado, Dilma está
mostrando que nós que apostamos nela, estávamos certos, por outro é preciso
reconhecer a importância da radicalidade ambiental da Marina e a habilidade
política de Eduardo Campos.
No mínimo essas alternativas
apontam para uma longevidade acima do que se esperava para o chamado Lulismo e
um ocaso antes do esperado para os herdeiros de FHC.
Zé Geraldo
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