Censo mostra resultados do Minha Casa Minha Vida e Luz para Todos
Dois programas implantados durante o governo do ex-presidente Lula aparecem com clareza no Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (17). Nos últimos dez anos, como consequência do Minha Casa Minha Vida, melhorou a condição de moradia, com redução de pessoas por dormitório. O percentual de domicílios com duas pessoas por dormitório - condição ideal - cresceu de 62,9% (1991) para 81,9% (2010) sobre o total de residências do País.
O fornecimento de energia elétrica apresentou as maiores taxas de crescimento justamente nas regiões que antes eram as menos atendidas. Em 1991, na Rgião Norte, apenas 67% das residências contavam com luz elétrica; hoje, são 89,3%. No Nordeste, durante o mesmo período, o percentual de residências ligadas à rede crescce de 71,7% pata 96,9%.
Em 2010, o fornecimento de energia elétrica por companhias de distribuição era o serviço mais abrangente, chegando à quase totalidade dos domicílios, principalmente no Sul (99,3%) e Sudeste (99,0%).
As diferenças regionais também persistem nas condições de moradia, com a região Sul apresentando, em 2010, 90,1% dos domicílios com até dois moradores por cômodo, enquanto no Norte apenas 66,2% tinham essa característica.
Em 2010, 52,5% dos domicílios do país eram adequados (domicílios com abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica, coleta de lixo direta e indireta e com até dois moradores por dormitório;) e 4,1% inadequados (domicílios sem nenhuma das condições de adequação consideradas).
No entanto, apenas no Sul (68,9%) e no Sudeste (59,35%) mais da metade dos domicílios eram adequados, pois nas regiões restantes os percentuais não chegavam à metade dos domicílios. A região Norte foi a que apresentou o quadro mais desfavorável, com apenas 16,3% de domicílios adequados.
Rede de abastecimento de água cresceu mais no Nordeste
O crescimento do serviço de abastecimento de água por rede geral ocorreu em todas as regiões, embora de forma desigual. A região Nordeste foi a que apresentou o desenvolvimento mais acelerado no período, crescendo de 52,8%, em 1991, para, 76,3%, em 2010.
O esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica foi o indicador de saneamento básico que mostrou situação mais crítica e maiores desigualdades entra as regiões. As regiões Norte (32,9%), Nordeste (45,4%) e Centro-Oeste (51,8%) eram as que apresentavam as menores proporções de domicílios com esgotamento sanitário adequado. Mesmo com baixas proporções de domicílios com rede geral de esgoto ou fossa séptica, a região Nordeste foi a que apresentou o maior aumento proporcional, passando de 24,2% de domicílios com esgotamento adequado, em 1991, para 45,4%, em 2010. Por outro lado, a região Norte registrou queda de 36,3% para 32,9% dos domicílios ligados à rede geral de esgoto ou com fossa séptica, entre 2000 e 2010.
Já a coleta direta e indireta de lixo por serviço de limpeza apresentou desempenho significativo em 2010, variando entre 74,4%, na região Norte, e 95,0%, no Sudeste. Esse foi o serviço que, proporcionalmente, mais cresceu em todas as regiões. Entre 1991 a 2010, as regiões Norte (36,9% para 74,4% dos domicílios) e Nordeste (41,6% para 75,0%) tiveram os mais altos avanços no serviço.
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