segunda-feira, 30 de julho de 2012

Paracatu e a sustentabilidade. O que seu candidato tem a ver com isso?



Com a proximidade das eleições 2012, partidos e eleitores começam a debater os mais diferentes temas. Desde a vida pessoal dos candidatos até as propostas de cada um, passando pelo currículo, experiência, paixões partidárias e muitas outras variáveis que envolvem um pleito municipal. Afinal, é na esfera local que o eleitor sente com maior intensidade a importância do seu voto.

No entanto, um assunto promete ocupar um espaço importante nos debates: a sustentabilidade. E já que o conceito de sustentabilidade pressupõe um desenvolvimento que atenda as necessidades de hoje sem comprometer as necessidades das futuras gerações, harmonizando o crescimento econômico com a justiça social e a preservação dos recursos naturais, cabe ao eleitor cobrar dos candidatos respostas sobre os problemas do presente e propostas para o futuro.

Mesmo que alguns acreditem que parte da sociedade ainda não está pronta para debater esse assunto, o tempo mostrará que tal discussão não está tão distante assim da maioria das pessoas.

A sustentabilidade é hoje um tema que está presente na mídia, nas empresas, nas escolas, nas igrejas, nos movimentos sociais e em todo lugar.

Em Paracatu não é diferente. A própria característica das principais atividades econômicas do município obrigam os candidatos a enfrentarem o assunto com propostas claras. Quem quiser ser prefeito, precisa demonstrar que a construção de uma cidade sustentável está entre suas prioridades.

Paracatu é um município que tem a economia baseada em atividades potencialmente impactantes. De um lado a agricultura irrigada, responsável pela drástica redução da área de cerrado, além de representar um risco para os rios e córregos diante da utilização de agrotóxicos e do uso indiscriminado da água.

De outro lado a mineração, onde uma empresa canadense explora a riqueza do nosso subsolo, oferecendo muito pouco de retorno para a comunidade, amparada por uma legislação ultrapassada que penaliza o município na distribuição dos royalties. E o pior, demonstrando pouca preocupação com os impactos provocados pela sua atividade, principalmente sobre a saúde da população. A emissão de poeira, a constante suspeita de contaminação, as explosões e outras consequências da atividade, incomodam e preocupam a população, que espera propostas e ações que possam mudar a realidade atual.

Entre estes dois polos da discussão sobre a sustentabilidade, vários outros pontos precisam ser discutidos pelos pretendentes a cadeira de prefeito de Paracatu. O transporte coletivo, o estímulo ao uso de meios de transporte alternativos como bicicletas, a acessibilidade, maior investimento em programas de inclusão social, a recuperação de praça e jardins, a arborização urbana, a recuperação dos Córregos Rico e Pobre, a reestruturação do serviço de limpeza urbana, a recuperação do aterro sanitário, inaugurado no ano 2000 e transformado em lixão pelas gestões que se sucederam, e muito mais.

Percebe-se enfim que a sustentabilidade, mais que um novo conceito, é algo que permeia o cotidiano de cada cidadão e que precisa, portanto, estar presente no debate eleitoral.

O compromisso com uma cidade sustentável precisa ser um pré requisito de qualquer candidato.  

Confira se seu candidato tem propostas para esta área, saiba se ele assinou a carta compromisso do programa CIDADES SUSTENTÁVEIS (http://www.cidadessustentaveis.org.br/), lançado por uma rede de organizações da sociedade civil e que “tem o objetivo de sensibilizar, mobilizar e oferecer ferramentas para que as cidades brasileiras se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente sustentável”.

 Afinal, a possibilidade de Paracatu se transformar em uma cidade verdadeiramente sustentável começa com a escolha que será feita em outubro.  

Um comentário:

  1. O Programa Cidades Sustentáveis oferece ferramentas para que as cidades brasileiras se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente sustentável, diponibiliza aos candidatos uma agenda completa de sustentabilidade urbana, um conjunto de indicadores associados a esta agenda, e um banco de boas práticas com exemplos nacionais e internacionais para servir como referências dos gestores públicos municipais. Penso que devemos usar a sustentabilidade como critério de voto e cobrar dos candidatos a adoção da agenda da sustentabilidade. Em Paracatu, apenas o candidato Almir Paraca (PT) é signatário do programa, demonstrando que este candidato pensa no futuro da nossa cidade, nas gerações futuras. Eu voto sustentável e recomendo a todos os eleitores a usarem este critério na hora de escolher os seus representantes. Parabéns pelo texto companheiro Zé Geraldo! O seu blog é ótimo!

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