A denúncia de Mauricio Dias e Leandro Fortes na Carta Capital, cria um problema para o Presidente Ayres Britto.
Nada que mereça a dúvida hamletiana.
Uma questão que o bom senso e o sentido de Justiça resolvem sem vacilação.
A questão trivial é: como iniciar o julgamento do mensalão com um juiz “mensalado”?
O julgamento do mensalão já estava comprometido pela prevaricação de Gilmar: ter sido chantageado e não denunciar o chantageador à Polícia.
Agora, está posta sobre a mesa uma questão que tem a ver com a própria legitimidade do Tribunal.
Um dentre vós mensalou.
Este julgamento já estava cercado de nuvens.
A começar pela submissão do Tribunal à escancarada merval pressão para o Ministro Peluso ter tempo de votar (contra o Dirceu).
Embora este ansioso blogueiro duvide que Peluso condene Dirceu sem provas: os mervais passam e a biografia fica.
O Tribunal de Contas da União, que serve para empacar o PAC, não servirá para desmontar a acusação central do brindeiro Gurgel – a de que houve dinheiro público na operação ?
E a legitimidade do próprio acusador ?
Como pode o Tribunal Supremo ouvir calado as acusações de um juiz acusado de prevaricar por um senador da República e, ele próprio acusador submetido ao julgamento da Corregedoria do Ministério Público ?
Com que autoridade moral pode o Procurador da sociedade dizer qualquer coisa em defesa da sociedade, se ela própria nele não confia, se ele próprio está em julgamento ?
Mas, vamos relevar tudo isso em nome do “bom mocismo”, do “homem cordial” que vive em cada um de nós, dentro da mesma “sopa” que nos congrega e na amortece, como diz o Mino Carta.
Uma sopa.
Um pirão.
Mesmo assim, como ficam os juízes que se reúnem a um colega que “manda subir; que recebe R$ 180 mil do Eduardo Azeredo, que foi enviado ao Supremo por Fernando Henrique Cardoso , aquele que, na companhia do filho, recebeu uma “mensalada” de R$ 500 mil, com a expressa recomendação do Azeredo e do Pimenta da Veiga ?
Como fica, Presidente Ayres Britto, o seu maculado Tribunal ?
Que Tribunal vai julgar o mensalão, se recebe mensalada ?
Que tribunal vai julgar logo em seguida o mensalão tucano ?
E dar legitimidade à Operação Satiagraha ?
Quem julgará tudo isso ?
Se está atolado nesse pirão ?
O que dirão a turba e o Zé Mané da esquina desse Egregio Tribunal ?
Gilmar Dantas (*) não pode estar sentado à mesa em que o senhor está, Ministro Ayres Britto.
O que marcará a sua Presidência não será o julgamento dos mensalões ou a recuperação da Satiagraha.
Mas o destino que dará à inglória carreira de Gilmar Dantas (*), a mais nefasta das heranças de Fernando Henrique.
Paulo Henrique Amorim
A começar pela submissão do Tribunal à escancarada merval pressão para o Ministro Peluso ter tempo de votar (contra o Dirceu).
Embora este ansioso blogueiro duvide que Peluso condene Dirceu sem provas: os mervais passam e a biografia fica.
O Tribunal de Contas da União, que serve para empacar o PAC, não servirá para desmontar a acusação central do brindeiro Gurgel – a de que houve dinheiro público na operação ?
E a legitimidade do próprio acusador ?
Como pode o Tribunal Supremo ouvir calado as acusações de um juiz acusado de prevaricar por um senador da República e, ele próprio acusador submetido ao julgamento da Corregedoria do Ministério Público ?
Com que autoridade moral pode o Procurador da sociedade dizer qualquer coisa em defesa da sociedade, se ela própria nele não confia, se ele próprio está em julgamento ?
Mas, vamos relevar tudo isso em nome do “bom mocismo”, do “homem cordial” que vive em cada um de nós, dentro da mesma “sopa” que nos congrega e na amortece, como diz o Mino Carta.
Uma sopa.
Um pirão.
Mesmo assim, como ficam os juízes que se reúnem a um colega que “manda subir; que recebe R$ 180 mil do Eduardo Azeredo, que foi enviado ao Supremo por Fernando Henrique Cardoso , aquele que, na companhia do filho, recebeu uma “mensalada” de R$ 500 mil, com a expressa recomendação do Azeredo e do Pimenta da Veiga ?
Como fica, Presidente Ayres Britto, o seu maculado Tribunal ?
Que Tribunal vai julgar o mensalão, se recebe mensalada ?
Que tribunal vai julgar logo em seguida o mensalão tucano ?
E dar legitimidade à Operação Satiagraha ?
Quem julgará tudo isso ?
Se está atolado nesse pirão ?
O que dirão a turba e o Zé Mané da esquina desse Egregio Tribunal ?
Gilmar Dantas (*) não pode estar sentado à mesa em que o senhor está, Ministro Ayres Britto.
O que marcará a sua Presidência não será o julgamento dos mensalões ou a recuperação da Satiagraha.
Mas o destino que dará à inglória carreira de Gilmar Dantas (*), a mais nefasta das heranças de Fernando Henrique.
Paulo Henrique Amorim
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