¶247 – Adversários ferrenhos, petistas e tucanos se igualam num ponto: os dois partidos se valeram dos préstimos de Marcos Valério de Souza e das agências de publicidade DNA e SMPB. O que hoje se conhece como “mensalão” nasceu em 1998, na organização do caixa dois da campanha de Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas, à reeleição.
Embora tenha sido inaugurado pelo PSDB, o caso de Minas Gerais não despertou a mesma atenção dos meios de comunicação – como bem notou o ministro Joaquim Barbosa, do STF, que notou o desinteresse quase geral pelo caso. Resultado: o mensalão petista, ocorrido em 2005, sete anos depois do tucano, está sendo julgado agora e o caso precedente foi empurrado para as calendas.
A decisão foi tomada pelo próprio Joaquim Barbosa, que irá presidir o STF e já decidiu que não levará para o seu gabinete o caso do mensalão tucano. Ou seja: ele será distribuído a outro relator, que será o ministro a ser indicado pela presidente Dilma Rousseff para a vaga de Carlos Ayres Britto. Leia na coluna de Mônica Bergamo:
SOB NOVA DIREÇÃO
O ministro Joaquim Barbosa não será mais o relator do mensalão mineiro, que envolve o PSDB, no STF (Supremo Tribunal Federal). Ele assume a presidência do tribunal em novembro. E não deve levar o processo para o seu novo gabinete.
LONGE DO FIM
O ministro que assume o comando da corte pode levar os processos que já estão sob sua responsabilidade para relatar. Mas desde que estejam prontos para votar. E o mensalão tucano, no qual o ex-presidente do partido Eduardo Azeredo é réu, está "longe disso", segundo um magistrado do Supremo.
MÃO NA MASSA
Com isso, a relatoria do mensalão mineiro ficará nas mãos do ministro que Dilma Rousseff nomeará para o lugar de Carlos Ayres Britto, que se aposenta em novembro. O novo (ou a nova) integrante do STF herdará o gabinete de Joaquim Barbosa
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